O Bad Company passou a integrar o Rock and Roll Hall of Fame neste ano. De início, foi confirmada uma reunião entre os membros remanescentes Simon Kirke e Paul Rodgers especialmente para a cerimônia, realizada em 8 de novembro, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Porém, o reencontro não aconteceu.
Poucos dias antes, Rodgers publicou que não participaria mais do evento por questões de saúde. Segundo o vocalista, que sofreu um primeiro AVC grave em 2016 e um segundo em outubro de 2019, o problema era o “estresse” advindo da performance.
Sem dar muitos detalhes, ele explicou:
“Minha esperança era estar na cerimônia de indução ao Rock & Roll Hall of Fame e me apresentar para os fãs, mas neste momento preciso priorizar minha saúde. Não tenho nenhum problema em cantar, o que pesa é o estresse de todo o resto. Obrigado por entender. Simon, junto com alguns músicos incríveis, vai me substituir, o que é garantia de um show de rock de primeira.”
Agora, conversando com Igor Miranda para a Rolling Stone Brasil, o cantor trouxe mais informações a respeito da desistência. Como relatado pelo próprio, um quadro de pressão alta o acometeu aproximadamente uma semana antes dos ensaios. Isso o impossibilitou de viajar, por recomendação médica:
“Cerca de uma semana antes de viajar para os ensaios da cerimônia, minha pressão arterial estava muito alta e comecei a sentir dores no peito e palpitações. Consultei meu médico, que me proibiu terminantemente de entrar em um avião. Ele recomendou que eu ficasse em casa, descansasse e mantivesse a calma. Sinto que escapei por pouco fazendo isso. Estou na fase zen da minha vida e aproveito para estar imerso em uma vida pacífica e tranquila. Posso cantar novamente e me apresentar diariamente para uma plateia de uma pessoa só [referência à esposa, Cynthia].”
Ainda assim, o vocalista pôde acompanhar o Rock and Roll Hall of Fame pela televisão. A respeito da apresentação de Kirke com Chris Robinson (Black Crowes), Nancy Wilson (Heart), Joe Perry (Aerosmith) e Bryan Adams, opinou:
“Minha cunhada preparou um jantar maravilhoso para seis pessoas e assistimos em uma TV enorme. O discurso de Simon me emocionou e deve ter sido emocionante para ele se apresentar sozinho como Bad Company. Às vezes, a realidade bate forte. Gostaria de tocar com ele novamente em algum momento. Achei que todos que se apresentaram – Simon, Bryan Adams, Chris Robinson, Nancy Wilson, Joe Perry, nosso baixista Todd Ronning e Spike Edney, diretor musical e tecladista do Queen por, creio eu, 45 anos – não erraram uma nota sequer. E nosso amigo Mick Fleetwood fez um ótimo trabalho introduzindo a banda.”
Paul Rodgers e Bad Company
A última performance do Bad Company aconteceu em outubro de 2019. À jornalista Lyndsey Parker, Simon havia adiantado que ele e o colega tocariam juntos duas músicas no Rock and Roll Hall of Fame. O baterista comentou no fim de outubro:
“Acho que o segredo já foi revelado: nós vamos nos apresentar. Não posso revelar quais músicas. O que quer que o Paul escolha está ótimo pra mim! Tocar com ele novamente vai ser uma grande emoção. Senti falta dele. Senti falta de tocar com a banda. Sinto especialmente falta de tocar com o Paul, ele é um cantor maravilhoso.”
Anteriormente, à Rolling Stone, Paul havia sido perguntado sobre o tema. Na ocasião, disse que “talvez” cantassse e que ainda não havia escolhido as faixas, mas que uma delas poderia ser “Rock ‘n’ Roll Fantasy”.
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