Nos últimos anos, o System of a Down reduziu drasticamente o número de suas apresentações. Por exemplo, em 2024, a banda subiu ao palco somente em duas ocasiões. Já em 2023, uma única performance aconteceu no festival Sick New World, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Um dos maiores motivos para a “restrição” estava em Serj Tankian. Além de considerar longas turnês “artisticamente redundantes”, o vocalista enfrentou certo problema de saúde na coluna: uma hérnia de disco.
Diante da condição, em 2021, o artista passou por uma cirurgia nas costas. Como relembrou em recente entrevista ao programa de Eddie Trunk, transcrita pela Blabbermouth, o problema era tão sério que o impedia de viajar:
“Por anos, pessoalmente, eu não queria fazer turnês de jeito nenhum. Passei por uma cirurgia nas costas. Tive muitos problemas, então, em termos de saúde, não estava em condições de viajar muito.”
Serj também não gostava da ideia de passar muito tempo na estrada. Assim, “por necessidade” e direcionamento artístico, o grupo resolveu trabalhar com uma agenda enxuta.
Segundo o vocalista, os integrantes perceberam que esse era o caminho certo quando tocaram no citado Sick New World:
“A deia da repetição constante também me afetava artisticamente, por causa das longas turnês contínuas. Então, não foi realmente algo planejado. Foi meio que por necessidade. A única forma de continuarmos era fazendo apenas um show aqui, outro ali. E é meio engraçado: eu não queria fazer turnês, e então fizemos um show no Sick New World em Las Vegas. Como foi apenas um show, todos nós nos divertimos muito. Não tínhamos 20 shows ou toda aquela logística para planejar. Foi apenas um show: ir lá no fim de semana, levar a família e se divertir. E isso nos fez parar e pensar: ‘é assim que precisamos fazer, se vamos nos apresentar, essa é a maneira certa para nós’.”
O problema nas costas de Serj Tankian
Nos últimos anos, Serj tem falado abertamente a respeito do problema nas costas. Em entrevista ao canal do YouTube Live Signing no ano passado, o vocalista revelou que, com os tratamentos e exercícios, melhorou consideravelmente, mas citou as outras complicações de uma tour:
“Adoro me apresentar, mas quanto a turnês longas… Acho que quando você faz uma turnê longa, não é apenas fisicamente exaustivo, mas é artisticamente redundante depois de um tempo, repetindo a mesma coisa. Prefiro eventos especiais, ocasiões especiais. Não podemos fazê-los em todos os lugares. Também tive alguns problemas nas costas, passei por cirurgias e tratamentos que estavam me impedindo de performar. Estou muito melhor agora, me exercito, então muita coisa já foi resolvida. Quanto a fazer uma turnê, estou aberto a analisar, mas não muito entusiasmado. Prefiro me concentrar em algumas datas específicas.”
Já em seu livro autobiográfico “Down with the System: Um livro de memórias (ou algo assim)”, o vocalista supôs que a condição tenha começado durante a turnê pela Europa em 2017:
“Na turnê pela Europa em 2017, eu tinha ferrado as costas. Após um voo diícil e quem sabe quantas camas macias de hotel diferentes, eu acordara na Bélgica em uma manhã em extrema agonia, mal conseguindo andar. Um quiroprata me atendeu nos bastidores, mas sobrevivi ao restante da turnê à base da pomada Tiger Balm. Ainda depois de ter voltado para casa, passei uns três ou quatro meses sentindo muita dor. Minhas costas nunca mais foram como eram antes, e as viagens constantes exigidas pela vida na estrada só pareciam piorar as coisas.”
System of a Down atualmente
Ainda assim, em 2025, o System of a Down aumentou de maneira considerável a agenda. Entre abril e maio, os músicos realizaram uma série de shows na América do Sul, passando pela Colômbia, Peru, Chile, Argentina e Brasil pela primeira vez em uma década. Depois, neste mês e setembro, tocarão em estádios na América do Norte, com Korn, Avenged Sevenfold e Deftones como convidados especiais em diferentes datas. Até o momento, foram 14 compromissos marcados.
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