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As grandes características de Simon Dawson no Iron Maiden, segundo Bruce Dickinson

Baterista substituto de Nicko McBrain trouxe "estabilidade" para a banda, nas palavras do vocalista

Desde o início da turnê “Run for Your Lives” em maio último, o Iron Maiden não conta mais com Nicko McBrain na formação. Devido à decisão do baterista de afastar-se das extensas turnês, Simon Dawson, notório pelo British Lion (projeto solo do baixista Steve Harris) e pelos anos com The Outfield, entrou para a vaga.

Logo nos primeiros ensaios com o novo integrante, Bruce Dickinson ficou impressionado. Relembrando o momento em abril, durante participação no Musicians Institute’s MI Conversation Series, o vocalista descreveu-se como “agradavelmente chocado”. Agora, após a primeira leva de apresentações, explicou quais são as características mais marcantes do músico.

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Em participação recente no programa Rock Of Nations (via Blabbermouth), o cantor deixou claro que “não é estranho” dividir o palco com um novo baterista depois de tantas décadas. Isso porque o estilo de Dawson é tão distinto do de seu antecessor que não há como confundir ou esquecer-se de que não é Nicko quem está tocando.

Ele destacou: 

“Não é estranho pelo fato de que, quando ouço o que vem de trás de mim, sei que não é o Nicko. Então não espero ver o Nicko, porque tudo no Simon é diferente. A bateria dele é afinada de outra forma, ele toca as músicas com uma pegada diferente da do Nick. Pelo som, já é óbvio que não é ele.”

Dando prosseguimento ao raciocínio, o vocalista, então, exaltou o “novato” tanto por seguir à risca o andamento das músicas, quanto por ter qualidades próprias e trazer estabilidade para a performance do grupo. Ele afirmou:

“A bateria do Simon é afinada bem mais grave, com um timbre mais encorpado. E ele segue à risca o andamento das músicas, é absolutamente rigoroso em acertar o tempo certo. Nós, como banda, realmente valorizamos isso. Os guitarristas ficam todos sorrindo de orelha a orelha e Steve também. Porque ninguém fica com aquela sensação de: ‘ei, você está acelerando demais’ ou ‘está muito devagar’. É isso que o Simon traz: estabilidade.”

E complementou:

“Ele não tenta ser o Nicko. Você não pode ser o Nicko. Só existe um Nicko, ele é único. É por isso que não escolhemos um clone. Havia muitos bateristas que poderiam simplesmente copiar o que o Nicko fazia, mas não queríamos isso. Queríamos alguém com uma pegada diferente.”

Simon Dawson similar a Clive Burr

Na mencionada conversa com o Musicians Institute’s MI Conversation Series, Dickinson estabeleceu uma comparação entre Simon e o saudoso Clive Burr, que tocou nos discos “Iron Maiden” (1980), “Killers” (1981) e “The Number of the Beast” (1982). Ao seu ver, ambos possuem as seguintes semelhanças: 

“Para ser honesto, se eu fechasse meus olhos em alguns momentos durante aquele ensaio, era como ter Clive Burr de volta na banda, porque ele (Dawson) tem aquele feeling. É aquele swing de big band. Ele tem todas as mesmas influências e tudo. E eu só fiquei: ‘oh meu Deus. Uau.’ Então estou realmente animado.”

Os 50 anos do Iron Maiden

Em maio, o Iron Maiden deu início em território europeu à sua turnê comemorativa de 50 anos, intitulada “Run for Your Lives”. Na excursão, o grupo só tocará músicas do período entre o álbum homônimo de estreia, de 1980 e “Fear of the Dark” (1992).

A expectativa é que o Brasil seja contemplado com a tour no ano seguinte. O país terá visita do vocalista Bruce Dickinson em carreira solo para performance no festival The Town, em 7 de setembro. Ingressos seguem à venda na Ticketmaster Brasil.

Um livro visual será lançado em 2025 também como forma de celebrar o 50º aniversário. “Iron Maiden: Infinite Dreams — A História Visual Oficial” chega ao mercado nacional em 31 de outubro por meio da Belas Letras. A tradução é de Marcelo Vieira, colaborador do site IgorMiranda.com.br.

Além disso, haverá um documentário comemorando o marco. A obra chega a público ainda este ano, com título, data e plataforma a serem confirmados.

Criado em parceria com o Universal Pictures Content Group, o filme é descrito como “uma jornada emocionante pelos 50 anos de história do Iron Maiden contada da perspectiva da banda e de alguns de seus seguidores mais devotados”. Além de superfãs de longa data, nomes como Javier BardemLars Ulrich (Metallica) e Gene Simmons (Kiss) concederam depoimentos.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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