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Por que Black Keys se arrepende de oposição ao Spotify no longo prazo

Banda iniciou conflito com a plataforma de streaming em 2011, mas, no fim de 2016, resolveu retomar os laços com a empresa

Ao longo dos anos, o Black Keys travou uma verdadeira batalha contra o Spotify. Tudo começou quando, em 2011, a banda resolveu não lançar o disco El Camino nas plataformas digitais como uma forma de protesto pelos pagamentos aos artistas — considerados injustos se comparados a outros tipos de comercialização. 

Nas palavras de Patrick Carney para a VH1 à época, “para uma banda que vive da venda de música, ainda não chegamos a um ponto em que isso seja viável para nós”. Sendo assim, nos próximos anos, o grupo, em partes, manteve a decisão. Para o disco seguinte, “Turn Blue” (2014), disponibilizaram apenas os singles nos streamings. 

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Todavia, precisaram repensar a ideia. Diante da popularidade do Spotify, hoje com mais de 696 milhões de usuários, o Black Keys decidiu colocar o catálogo na plataforma no fim de 2016. Numa postagem no X/Twitter, o baterista justificou a decisão da seguinte maneira: “prefiro que as pessoas ouçam nossa música do que não ouçam”.

Relembrando todo conflito recentemente à Far Out Magazine, o músico reconheceu que a oposição gerou prejuízos a longo prazo. Isso porque “jovens que não compram discos” utilizam o streaming como o único meio de consumo: 

“Nós estávamos lá, falando abertamente a respeito [da remuneração do Spotify], e o que aconteceu foi que não havia alternativa se você queria que sua música fosse ouvida por jovens que não compram discos. Isso definitivamente nos prejudicou a longo prazo.”

Em seguida, Carney afirmou que eles “esperavam que outras pessoas” seguissem seu exemplo, o que sente que não aconteceu. No fim das contas, o baterista não se arrepende da posição tomada, mas fica ressentido por outro motivo: 

“O que eu lamento mesmo é que outras pessoas não tenham tomado uma posição.”

Ainda em 2012, o artista havia dito que “não dá para ganhar dinheiro” com o Spotify, já que cada artista recebe uma quantia mínima por reprodução — mais especificamente, a plataforma oferece cerca de US$ 0,00348 por cada play — que ainda é dividida com a gravadora. Hoje em dia, porém, Carney acredita que o problema não está necessariamente na empresa: 

“Isso definitivamente afeta artistas menores do que nós mais do que a nós. Acredito que eles estejam realmente pagando muito, muito dinheiro para as gravadoras, mas eu simplesmente não sei como isso está sendo distribuído.”

Black Keys atualmente

Na última sexta-feira (8), o Black Keys disponibilizou o seu 13º álbum de estúdio. “No Rain, No Flowers” chegou pela Easy Eye Sound em parceria com a Warner Records.

Divulgando o material, a banda também formada pelo guitarrista e vocalista Dan Auerbach está na estrada com uma turnê de mesmo nome, que tem datas marcadas na América do Norte até setembro.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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