Um dos grandes momentos do festival Back to the Beginning foi a participação de Tobias Forge, paramentado como Papa V Perpetua, cantando “Bark at the Moon” ao lado de um dos supergrupos montados para o evento. No entanto, o líder do Ghost tinha outras sugestões de músicas no início, incluindo uma faixa obscura do Black Sabbath.
Falando à Planet Rock (via Metal Hammer), Forge contou inicialmente sobre a dificuldade de definir qual música cantar. O frontman vasculhou as discografias do Sabbath e de Ozzy Osbourne em busca da canção adequada – e ainda havia o risco de alguém ter escolhido sua faixa desejada anteriormente.
Nas palavras de Tobias:
“Há muitas canções do Black Sabbath que têm vocais, e então tem dois minutos sem vocais, e então um trecho vocal. Não estou tentando tirar sarro de ninguém, mas eu não posso só ficar lá parado desse jeito por dois minutos [fazendo gestos de bater palmas no ritmo da música]. Então isso tinha que ser levado em conta na minha escolha de músicas, quando estávamos pensando no que eu iria cantar. Eu estava pensando no que ia fazer. Era tipo: ‘Posso cantar essa?’ ‘Não’. ‘Posso cantar essa?’ ‘Já foi escolhida’.”
Forge então citou uma de suas opções iniciais: uma composição bem diferente do habitual para o Sabbath, lançada no álbum “Sabotage” (1975).
“Uma das canções que eu queria cantar era ‘Am I Going Insane’, coisas desse tipo. Porque isso, para mim, essa é minha infância, músicas como essa.”
“Am I Going Insane (Radio)” foi o único single de “Sabotage”. Surgiu como uma composição de Ozzy – raridade nos tempos de Sabbath – em um sintetizador Moog. O próprio Madman não era o maior fã da música, que teve como lado B a pesada “Hole in the Sky”, muito mais próxima do que se espera do som do Black Sabbath.
Tobias Forge e o Black Sabbath
O líder do Ghost é um grande fã do Sabbath desde a infância, quando conheceu a maioria das bandas clássicas de rock e metal por influência do irmão mais velho. Tobias comentou sua relação com a música do grupo britânico, bem como a carreira solo de Ozzy Osbourne, que coincide mais com sua época:
“Sou fã de Ozzy e Black Sabbath por toda a vida, graças ao meu irmão, que era 13 anos mais velho. Não consigo nem lembrar da primeira vez que os ouvi – a música era parte da trilha sonora de estar em casa. Mesmo quando eu tinha sete ou oito anos, eles já eram parte de meu gosto musical. Eu nasci em 1981, então quando estava crescendo, Ozzy era uma personalidade enorme – não só no mundo do hard rock e do metal, mas na cultura mais ampla. Ele tinha músicas no rádio e na MTV. Ele era quase um popstar.”
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.
