Na ativa há mais de cinco décadas, Glenn Hughes construiu uma carreira abrangente — e o plano de sua próxima turnê, com shows marcados no Brasil para novembro e sucedendo a revisitação ao Deep Purple, é englobar todas as fases. Ou melhor: quase todas. A curta passagem pelo Black Sabbath nos anos 80 pode ficar de fora.
Em entrevista ao jornalista Marcelo Vieira, o guitarrista Søren Andersen, que há anos acompanha Hughes, revelou que os fãs terão a oportunidade de relembrar diversos momentos do ídolo nas futuras apresentações. Até mesmo os trabalhos com Black Country Communion e a parceria com Tony Iommi solo estarão presentes.
Ele disse:
“Tudo isso. Vamos visitar todos os cantos do legado do Glenn. Tem material com o Tony Iommi, com o Joe Bonamassa, o Trapeze, o Purple, enfim — tudo. Se você é fã do Glenn e quer revisitar toda a discografia dele, essa é a hora.”
Sobre Sabbath em específico, Andersen não foi tão direto. O guitarrista enfatizou que o período com a banda foi um dos piores da vida de Hughes, que estava no auge do vício em drogas. Por isso, músicas do álbum “Seventh Star” (1986) podem acabar excluídas.
No entanto, as parcerias posteriores com Iommi serão certamente relembradas, especialmente o material gravado em “Fused” (2005), álbum solo do “pai do heavy metal”. Soren afirmou:
“O que sei é que temos uma lista grande de músicas, e nos ensaios vamos testar o que funciona bem no formato de trio e o que se encaixa melhor para o Glenn. É importante lembrar que ele é uma pessoa sensível, e aqueles anos — começo dos anos 1980 — foram muito difíceis pra ele. Então não sei dizer com certeza. Mas o que posso afirmar é que vamos sim tocar algo da fase com o Iommi, especialmente do álbum ‘Fused’. Então espere um repertório bem variado dentro da carreira do Glenn.”
Hughes foi vocalista do Black Sabbath por um curto período, entre 1985 e 1986. Com a banda, gravou apenas o disco “Seventh Star”, que foi concebido inicialmente como projeto solo de Iommi, mas acabou saindo com o nome do grupo.
O cantor realizou poucos shows devido à má forma que se encontrava na época. Ray Gillen ocupou sua vaga, a ser assumida em definitivo por Tony Martin.
Glenn Hughes no Brasil
Glenn Hughes já passou pelo Brasil este ano, quando encerrou o primeiro dia do Bangers Open Air, no início de maio, mas já tem um retorno confirmado para o segundo semestre. O artista volta ao país em novembro, com cinco datas confirmadas:
- 11/11: Porto Alegre (Opinião) – ingressos na Sympla
- 13/11: Belo Horizonte (Mister Rock) – ingressos na DDTickets
- 14/11: Rio de Janeiro (Circo Voador) – ingressos na Eventim
- 16/11: São Paulo (VIP Station) – ingressos na DDTickets
- 18/11: Curitiba (Tork ‘n’ Roll) – ingressos na Bilheto
As apresentações fazem parte da turnê “The Chosen Years”, que, segundo as empresas locais, será a excursão derradeira do músico inglês de 73 anos. Ele, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente a respeito de uma aposentadoria dos palcos ou mesmo das longas viagens. Em outra entrevista, chegou a dizer que nunca irá se retirar.
“The Chosen Years” revisita não apenas músicas dos tempos de Deep Purple, como também trabalhos com o Trapeze, Hughes/Thrall, Iommi/Hughes, Black Country Communion e mais. Este giro começa na Europa, em setembro, mesmo mês em que Glenn lançará “Chosen”, seu primeiro álbum de estúdio em nove anos. O trabalho estará disponível no dia 5.
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