Fundado em 2016, o Sleep Token viu sua carreira decolar nos últimos anos. Com o lançamento do terceiro álbum de estúdio “Take Me Back to Eden” (2023), a misteriosa banda conquistou tamanha popularidade nas redes sociais, que passou a realizar apresentações para verdadeiras multidões e até foi escalada como headliner do Download Festival 2025, marcado para junho.
Não só, como vem recebendo elogios de nomes como Rob Halford (Judas Priest), Amy Lee (Evanescence), Corey Taylor (Slipknot), Mike Shinoda (Linkin Park) e Brian Welch (Korn). Disponibilizado no dia 9 de maio, o disco mais recente “Even in Arcadia” conseguiu alcançar o primeiro lugar da disputada parada americana Billboard 200.
Para George Lever, produtor dos dois primeiros álbuns “Sundowning” (2019) e “This Place Will Become Your Tomb” (2021), está claro por que os músicos conseguiram tal sucesso. O próprio explicou seu ponto de vista durante entrevista ao podcast The Metal Roundup, transcrita pela Ultimate Guitar.
Segundo o profissional de estúdio, a partir do “Take Me Back to Eden”, o Sleep Token mudou a chave e adotou uma nova estratégia de marketing. Para cada uma das canções do material, a banda disponibilizou no YouTube visuais de apoio conceituais, criados por Jake Johnston, que ajudaram a criar uma identidade única para o projeto:
“Acho que o que mais me chamou atenção com ‘Eden’ foi o nível de marketing ao redor disso. Chegou a um patamar onde, com uma banda desse porte, você consegue ter diversas mídias complementares para cada música. E como eles não têm um foco na imagem pessoal, você tem a liberdade de usar qualquer outra coisa no mundo para explicar uma canção. E o que eu vi não foi exatamente publicidade. Na verdade, eu nem chamaria de propaganda, prefiro dizer que eram materiais de apoio.”
Para Lever, os integrantes utilizaram o universo dos videogames como a maior referência para os vídeos. Além disso, investiram uma quantia considerável para que as animações tivessem a melhor qualidade possível — algo que, nos visualizers passados, não era viável:
“Há muitas influências dos jogos ‘Dark Souls’, de videogames num geral, o que faz sentido. Eles investiram dinheiro para criar renderizações 3D, uma atmosfera, uma sensação específica, algo que pareça mais completo, porque não tivemos essa oportunidade com ‘Sundowning’, nem com ‘Tomb’. Eles tentaram fazer um videoclipe mais convencional e acabou sendo meio estranho. Depois, seguiram por outros caminhos com ‘Eden’ e parece ter funcionado.”
Assim, o grande acerto do Sleep Token foi ter conseguido criar uma conexão com o público por meio de uma arte mais “abstrata”. Lever concluiu:
“Eles usaram a arte abstrata para explicar emoções complexas, o que parece funcionar bem para eles. Foi isso que mais me chamou atenção. Foi o que eu acabei ficando mais ansioso pra ver do que qualquer outra coisa.”
Sobre o Sleep Token
Surgido em 2016, o Sleep Token foi recebido inicialmente como uma espécie de “resposta britânica” aos suecos do Ghost, mas as semelhanças param no visual. Assim como o grupo comandado por Tobias Forge, que permaneceu no anonimato por algum tempo, ninguém sabe a identidade dos músicos envolvidos.
Em “Sundowing” (2019), “This Place Will Become Your Tomb” (2021) e “Take Me Back to Eden” (2023), o Sleep Token mostra um heavy metal moderno, progressivo, com influências claras de música indie e vertentes mais modernas do rock e até de outros gêneros.
Os mascarados serão headliners do Download Festival 2025, festival que ocorre na metade do ano, em sua terra natal. Entre os mistérios que envolvem a banda, está a presença de um grupo misterioso chamado President no lineup do festival, que muitos acreditam ter relação com o vocalista Vessel e seus comandados.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.