Até parecia que Doro era a headliner do dia de aquecimento do Bangers Open Air 2025, sexta-feira (2). Logo de cara com dois clássicos do Warlock, “I Rule the Ruins” e “Earthshaker Rock”, o público saiu de bem intencionado para bastante empolgado com a animada movimentação de palco da rainha alemã do metal e seus companheiros.
Quando Doro Pesch estreou tardiamente no Brasil, apenas em 2006, com um celebrado show no festival Live ‘n’ Louder, no Anhembi, talvez não esperasse encontrar um público tão afeito a esses clássicos do Warlock por aqui.
Agora, sua quinta passagem pelo Brasil marcou um retorno dois anos após abrir o Monsters of Rock no Allianz Parque. Dessa vez, como principal atração do palco Ice Stage — logo antes de Glenn Hughes, que tocaria no Hot Stage — do dia “warm-up” do Bangers Open Air, Doro teve apenas quinze minutos a mais no palco em comparação a 2023, mas utilizou o tempo bem ao gosto do público.
Nesse curto intervalo entre festivais tupiniquins, Doro lançou apenas um disco, “Conqueress – Forever Strong and Proud”, em outubro de 2023. Dele, duasmúsicas foram executadas durante a hora em que esteve no Ice Stage. “Time for Justice” e “Fire in the Sky”, escrita junto do brasileiro Bill Hudson, um de seus guitarristas na noite, não baixaram os ânimos, assim “Raise Your Fist in the Air”, a quase-faixa-título do disco de 2012.
O restante do set, já de noite, foi dedicado aos seus discos oitentistas do Warlock, como já usual em sua carreira. E ninguém no Memorial da América Latina reclamou disso, como provaram as cabeças chacoalhadas acompanhando as guitarras imaginárias de “Metal Racer” ou “Hellbound”, além dos coros para o refrão de “Burning Witches”.
A baladaça “Für Immer”, lá pelo meio do show, foi um raro momento de quebra na sequência pesada da noite, com Doro, que gastou seu português o show todo, estimulando o público a cantar a melodia do meio da música enquanto Hudson tocava teclados para Bas Maas, seu guitarrista de longa data, tocar o solo. A seção rítmica formada por Danny Piselli na bateria e Nick Douglas no baixo completaram o time no Ice Stage.
O desnecessário cover para “Breaking the Law”, do Judas Priest, poderia ter se tornado o momento de maior êxtase do show depois dos primeiros versos cantados de forma lenta, não fosse pelo tradicionais coros em “All We Are”, que encerrou em alta o set.
Ao final de uma hora de show, o repertório no Memorial da América Latina não foi muito diferente do apresentado dois anos atrás, no Allianz Parque. A sensação de conquista de Doro Pesch, no entanto, foi inegavelmente maior.
**Este conteúdo faz parte da cobertura Bangers Open Air 2025 — clique para conferir outras resenhas com fotos e vídeos.
Repertório — Doro no Bangers Open Air 2025
- I Rule the Ruins (Warlock)
- Earthshaker Rock (Warlock)
- Burning the Witches (Warlock)
- Fight for Rock (Warlock)
- Time for Justice
- Raise Your Fist in the Air
- Metal Racer (Warlock)
- Für immer (Warlock)
- Hellbound (Warlock)
- Fire in the Sky
- Breaking the Law (cover de Judas Priest)
- All We Are (Warlock)
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