A demissão de Zak Starkey do The Who vem carregada de drama. Como divulgado na última terça-feira (15), após 29 anos, o músico foi desligado da banda, aparentemente pelo desempenho aquém do esperado nas recentes apresentações no Royal Albert Hall, em Londres, na Inglaterra, realizadas nos dias 27 e 30 de março por meio do Teenage Cancer Trust 2025.
Uma nota oficial destacou que o grupo “tomou a decisão coletiva de se separar de Zak depois dos shows no Royal Albert Hall”. Já uma fonte anônima acrescentou ao The Mirror que, nos shows em questão, houve “alguns problemas com a bateria e o nível não estava tão alto quanto todos queriam”.
Ao que tudo indica, uma das dificuldades mencionadas aconteceu durante a estreia ao vivo da faixa “The Song is Over”, presente no disco “Who’s Next” (1971), no segundo compromisso. Interrompendo a performance, o vocalista Roger Daltrey alegou não conseguir ouvir o tom em seu retorno por causa da bateria.
Numa primeira nota, Zak disse estar “surpreso e triste que alguém tenha se incomodado com minha apresentação naquela noite”. Agora, tratou a situação com deboche.
Em postagem nas redes sociais, o baterista publicou o que parece ser uma versão distorcida do logo do The Who e escreveu em tom irônico:
“Me desculpa, Rog. Errei umas batidas. Prometo acertar na próxima, se der. Foi mal… Com amor, Zakx.”
Num post já excluído e anterior à confusão, no sábado (12), o músico havia abordado a vindoura demissão pública também de maneira sarcástica. Em uma imagem ao lado de Daltrey, conforme a Billboard, ele havia falado em trecho da legenda:
“Ouvi hoje de uma fonte interna que Toger Daktrey [sic], vocalista e principal compositor da banda, está insatisfeito com a performance de Zak, o baterista, no Royal Albert Hall algumas semanas atrás. Ele está apresentando acusações formais de que o baterista tocou demais e está literalmente indo até Zak para substituí-lo por um reserva do grupo Burwash Carwash Skiffle ‘n’ Tickle Glee Club Harmony Without Empathy Allstars.”
O pronunciamento de Zak Starkey
Como mencionado, diante das especulações, Zak Starkey resolveu se pronunciar em nota. Para a Rolling Stone, primeiramente, o músico destacou que sente “muito orgulho” de sua trajetória no The Who e que continua sendo “o maior fã” da banda, como escreveu:
“Tenho muito orgulho dos meus quase trinta anos com o The Who. Substituir meu padrinho, o ‘tio Keith [Moon]’, foi uma grande honra e continuo sendo o maior fã deles. Eles são como uma família para mim.”
Depois, o artista mencionou um problema médico que sofreu no último mês de janeiro, mas, deixou claro que a condição não afetou a sua maneira de tocar. Sendo assim, disse ficar “surpreso e triste” por saber que a sua performance nas apresentações não agradou:
“Em janeiro, sofri uma emergência médica grave com coágulos sanguíneos na panturrilha direita. Agora, estou completamente curado e não afeta minha bateria nem minhas corridas. Depois de tocar essas músicas com a banda por tantas décadas, fico surpreso e triste que alguém tenha se incomodado com minha apresentação naquela noite, mas o que se pode fazer?”
Por fim, ao falar sobre o futuro, o baterista revelou que pretende tirar um tempo de descanso com a família e se dedicar a outros projetos — como concluir sua autobiografia e trabalhar nos lançamentos do supergrupo Mantra of the Cosmos, do qual faz parte. Segundo Zak, “Domino Bones (Get Dangerous)”, faixa já apresentada ao vivo em parceria com Noel Gallagher, será lançada oficialmente no próximo mês.
“Pretendo tirar um tempo muito necessário com minha família e me concentrar no lançamento de ‘Domino Bones’, do Mantra of the Cosmos, com Noel Gallagher, em maio, e na conclusão da minha autobiografia escrita exclusivamente por mim. Vinte e nove anos em qualquer emprego são uma boa jornada, e desejo o melhor a eles.”
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