A organização do The Town 2025 anunciou sua primeira atração. Trata-se de Katy Perry, que retornará ao Brasil um ano após seu show anterior, no Rock in Rio deste ano.
A cantora americana está escalada para 12 de setembro, terceiro dos cinco dias. O festival acontece em 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Em comunicado à imprensa, Zé Ricardo, vice-presidente da Rock World — empresa responsável pelo The Town e Rock in Rio —, afirma:
“O show da Katy Perry na edição de 40 anos do Rock in Rio foi espetacular. Ele ainda ecoa no coração dos milhares de fãs que lotaram nosso festival para assisti-la.”
O The Town chega à sua segunda edição. Na primeira, realizada em 2023, os organizadores afirmam que em torno de 500 mil pessoas (100 mil por dia) acompanharam mais de 235 horas de música em seis palcos. O evento movimentou cerca de R$ 1,7 bilhão na cidade. Os headliners foram Bruno Mars – em duas noites –, Foo Fighters, Post Malone e Maroon 5.
A boa repercussão do dia mais voltado ao rock fez com que os produtores tenham considerado em entrevistas dedicar uma data ao metal no próximo. Porém, é apenas especulação até o momento.
Roberto Medina atiça curiosidade dos fãs
Em depoimento ao jornal O Globo (matéria com paywall), o empresário Roberto Medina atiçou a curiosidade do público ao declarar já ter um grande nome fechado. De acordo com ele, seria “uma das maiores bandas do mundo”, que também se apresentará no Amazônia Para Sempre, a ser realizado em Belém, Pará.
A revelação aconteceu quando o idealizador do Rock in Rio foi questionado sobre a crescente preferência de artistas por realizar turnês de estádio no Brasil ao invés de entrar em lineups de festivais. Ele disse:
“Mas essa dificuldade (de conseguir headliners diante da maior rentabilidade das turnês) é algo que eu não estou tendo. Eventualmente, você tem momentos em que seus interesses não casam com o das bandas, mas, no caso de eventos que são projetos de marca, você tem dinheiro para competir com um ou dois shows em estádio.”
Medina promete que anunciará as atrações no início de 2025. E também exalta o significado de tocar nos eventos como um fator diferenciado para os artistas. Especialmente do ponto de vista da repercussão midiática.
“Estou produzindo um momento histórico para a banda. O que acontece, por exemplo, quando o Coldplay canta num estádio? Do ponto de vista de mídia, nada. É ótimo, ele faz um show bacana, todo mundo vai, o cara ganha dinheiro, mas que que aconteceu em termos de marca? Nada Quando eu pego um artista e coloco no meio de um rio, você tem um storytelling gigantesco, vou falar do meio ambiente, do desenvolvimento tecnológico… ou seja, eu tenho um Globo Repórter da Amazônia, desse pulmão do mundo, com um artista dentro.”
Mudanças no The Town 2025
Anteriormente, já havia sido anunciado que o The Town passará por mudanças na edição de 2025, com o intuito de melhorar a experiência para o público. A informação foi confirmada pelo CEO do evento, Luis Justo, que apresentou uma solução para problemas de deslocamento entre os palcos e superlotações em alguns pontos de Interlagos.
Em conversa com o Estadão nos bastidores do Rock in Rio Lisboa, ele prometeu que haverá uma diminuição na quantidade de público, que chegou aos 100 mil presentes por dia no último festival.
Ainda não se sabe de quanto será essa diferença na próxima edição, mas estudos estão sendo feitos. O CEO disse:
“Com menos gente, a experiência e o conforto serão melhores, principalmente sobre o fluxo entre os palcos. Até porque haviam alguns pontos na planta de reforma do Autódromo que não foram realizadas (pela Prefeitura de São Paulo).”
Segundo o executivo, o escoamento do público e o acesso á estação de metrô mais próxima também foram pontos cruciais para a decisão de reduzir a quantidade de pessoas.
Problemas relatados pelo público
Em 2023, o The Town sofreu com alguns problemas internos e a quantidade grande de público. Os dois palcos principais, Skyline e The One, foram posicionados praticamente um na frente do outro, em uma linha reta. Com isso, a movimentação do público entre os dois locais ficou complicada, com alguns momentos de tensão, empurrões e possibilidade de problemas maiores.
O deslocamento, que normalmente seria feito em poucos minutos, chegava a demorar meia hora. Há relatos de que pessoas passaram mal com o calor do meio da multidão e muitos saíram insatisfeitos com a experiência proporcionada pelo The Town, claramente muito mais cheio do que deveria.
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