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Produtor lendário, Quincy Jones morre aos 91 anos

Músico e empresário desenvolveu parceria histórica com Michael Jackson e trabalhou ainda com Frank Sinatra, Sarah Vaughan, Milton Nascimento, Ivan Lins e mais

O histórico produtor musical Quincy Jones morreu no último domingo (3), aos 91 anos de idade. A informação foi transmitida por seu assessor, Arnold Robinson.

De acordo com nota assinada pela família, Jones faleceu em casa, em Bel Air, Los Angeles, nos Estados Unidos. A causa não foi informada.

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O texto destaca:

“Com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. Embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele.”

Sobre Quincy Jones

Ao longo das décadas de 70, 80 e 90 as regras da música pop foram ditadas por Quincy Jones, lendário produtor americano e recordista em premiações. Só ao Grammy recebeu 80 indicações e 28 vitórias, além de ter sido indicado ao Oscar duas vezes – o primeiro afroamericano a conseguir tal feito.

Vindo do jazz, Jones obteve destaque moderado como músico. Acumulou alguns discos de ouro e platina por trabalhos como “The Dude” (1981), “Sounds…and Stuff Like That!!” (1978) e “Body Heat” (1974), além de “Back on the Block” (1989), com uma série de participações e disponibilizado já quando o planeta o conhecia por sua parceria com Michael Jackson.

Quando passou a se dedicar à produção musical, inicialmente desenvolveu trilhas sonoras de filmes e depois de álbuns de artistas. Antes, já vinha trabalhando como arranjador, compositor e maestro.

Consagrou-se com a parceria ao lado de Michael Jackson, de quem produziu três discos: “Off the Wall” (1979), Thriller (1982) e Bad (1987). O segundo é o álbum mais vendido da história.

Além de Jackson, Jones trabalhou com Frank Sinatra, Sarah Vaughan, George Benson, Lesley Gore, Ray Charles, Aretha Franklin, Donna Summer, Stevie Wonder e muito mais. Teve ainda vínculo com a música brasileira, seja pelo álbum “Big Band Bossa Nova” (1962) — com composições de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Luiz Bonfá, Newton Mendonça e por aí vai — ou pelas parcerias com Milton Nascimento, Ivan Lins, Gilson Peranzzetta, entre outros.

Suas indicações ao Oscar não foram os únicos êxitos de Quincy Jones com a Academia: ele foi o diretor musical e maestro da cerimônia de premiação de 1971. Conduziu ainda o projeto USA for Africa, que rendeu o single “We Are the World” (1985), com participação de diversos grandes artistas para levantar dinheiro em prol do combate à fome em países pobres da África.

O ativismo pela causa negra também teve grande importância na vida do produtor. Apoiador de Malcolm X desde os anos 60, ele fundou um instituto com seu nome, voltado a promover e fomentar a cultura negra, trabalhando especialmente com jovens de baixa renda. Bono, vocalista do U2, trabalhou com Jones em muitos projetos desse tipo.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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