O baixista Shavo Odadjian garante que todos os membros do System of a Down ainda se amam e a relação é ótima. No entanto, ele também reconhece que houve um momento em que a banda se desconectou – o que faz com que há quase duas décadas não saia um álbum completo de músicas inéditas.
Em entrevista ao Loudwire Nights, o artista ofereceu sua visão sobre como as coisas aconteceram e chegaram ao ponto em que se encontram atualmente. De acordo com a percepção, o sucesso fez com que as diferentes abordagens ficassem mais evidentes no quarteto.
Disse o instrumentista, conforme transcrição do Ultimate Guitar:
“Normalmente, Daron [Malakian, guitarra] chegava com músicas completas — o que eu respeito, o cara é um compositor doentio, certo? E então, Serj [Tankian, vocalista] também passou a aparecer com suas contribuições completas. Só que as de Serj eram um pouco diferentes do que o molde do System se tornou. Então, usávamos apenas algumas coisas. Foi aí que a desconexão aconteceu.”
“Ninguém transou com a namorada do outro”
Ainda assim, Shavo volta a ressaltar que a situação não degringolou em nenhum momento do ponto de vista pessoal.
“Não foi como se alguém tivesse xingado alguém. Não foi como se alguém tivesse transado com a namorada do outro ou tenha saído xingando… Não aconteceu nada que tenha causado algum distúrbio. Ainda estamos tranquilos um com o outro. Nós subimos no palco, nos amamos, então sempre vai ter isso. Eu quero sempre fazer shows com eles, nunca vou fechar essa porta. Ela não deveria estar fechada. Eu acho que é uma pena que um novo álbum não esteja acontecendo, porque sei que nós podemos fazer muita coisa.”
E apesar de reconhecer a existência de diferenças, o baixista reforça que a banda não irá se separar.
“Não terminamos. As pessoas acham que terminamos porque não fizemos mais músicas. Sim, há diferenças criativas, isso acontece. Mas não significa que não podemos estar no palco juntos e não podemos ensaiar juntos.”
A relação interna do System of a Down
Aprofundando-se no tema de relações, Odadjian admite ter uma relação mais próxima com o baterista John Dolmayan – que possui diferenças políticas públicas com Serj, de quem é cunhado.
“Eu converso com John diariamente, somos como irmãos. E eu amo os outros dois. Não os vejo tanto, mas quando nos encontramos é como se nunca tivéssemos parado. É esse tipo de amizade. Nós sempre seremos amigos, não importa o que aconteça.”
Em novembro de 2020 o System of a Down lançou as músicas “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz”. As faixas foram motivadas pelo conflito entre Artsakh e Azerbaijão, com todos os rendimentos sendo revertidos aos esforços humanitários na Armênia, terra natal dos ancestrais dos músicos. Junto com outras doações de fãs em suas páginas nas redes sociais, eles arrecadaram mais de US$ 600 mil.
Shavo Odadjian e o Seven Hours After Violet no Brasil
Enquanto os desencontros na banda principal não se resolvem, Shavo segue a carreira com o Seven Hours After Violet (S.H.A.V.). O grupo lança seu álbum de estreia na próxima sexta-feira (11). A formação ainda conta com o guitarrista e produtor Michael Montoya (Morgoth Beatz), o baterista Josh Johnson (Winds of Plague), o vocalista Taylor Barber (Left To Suffer) e o guitarrista Alejandro Aranda (Scarypoolparty).
O grupo tem dois shows marcados para o Brasil nas semanas seguintes, ambos acontecendo em São Paulo. Em 20 de outubro se apresentam na segunda data do Knotfest, que acontece no Allianz Parque. No dia seguinte, abrem o show da Babymetal na Audio.
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Não é como se alguém transou com a namorada do outro, eu peguei a referência kkkkkkkkk