Há poucos meses, o Ministry disponibilizou o seu 16º e mais recente álbum de estúdio. Intitulado “Hopiumforthemasses”, o disco de nove faixas chegou no último mês de março.
Ao que parece, o trabalho é o penúltimo da história da banda, que comunicou o fim de sua discografia com o próximo trabalho ainda sem nome. A previsão de lançamento é para 2025.
Primeiramente, o grupo revelou em comunicado que assinou com a gravadora Cleopatra Records, marcando o início de uma nova fase. Então, confirmou também o retorno do baixista Paul Barker, que fez parte da formação entre 1986 e 2003, e mencionou o álbum final.
O líder Al Jourgensen declarou (via BraveWords):
“Estou ansioso para ver como esse novo e último disco do Ministry vai sair. Trabalhar com Paul é como andar de bicicleta, você nunca esquece como é. Se preparem, porque vai ser bom. Com a volta de Paul para o disco final, parece que tudo ficou completo, é como fechar com chave de ouro uma carreira com mais de 40 anos.”
Em fevereiro último, o vocalista e multi-instrumentista já havia dado pistas a respeito dos próximos passos da banda. Conversando com a Loudwire, disse à época:
“Lançaremos mais um disco. E estamos recrutando um velho companheiro do início. Paul Barker vai se juntar à banda novamente e vamos gravar juntos para o nosso último álbum. Chega um momento musical em que tudo a partir dali vai desmoronar. Vejo tantas bandas passando por isso. Não preciso do dinheiro. Não preciso de nada disso. É uma boa hora para parar. Acabei de fazer 65 anos, o que significa que minha caixa de correio está cheia de correspondências da AARP [organização americana voltada para pessoas acima dos 50 anos]. Tirei meus piercings. Tirei meus dreads. Decidi que aos 65 anos vou me tornar um adulto.”
Turnês e outros planos
No mesmo bate-papo, o artista afirmou que a banda ainda pretende realizar turnês e regravar o álbum de estreia, “With Sympathy” (1983), antes de encerrar as atividades. Especificamente a respeito de si, contou para a revista The Big Takeover que, no futuro, quer continuar atuando no campo das trilhas sonoras e ativismo.
“Minha nova paixão é basicamente fazer trilhas sonoras de filmes. Adoro colaborar com alguém que não está na música, mas está na parte visual, o que me faz expandir sua visão do filme. Acho isso muito gratificante. E quero me concentrar nos direitos dos músicos. Realmente quero trabalhar no ativismo para dar às pessoas criativas uma base para que elas ainda possam ser criativas sem ter que entrar naquele ciclo de produção sem fim da vida, que é a tendência.”
Sobre o Ministry
Fundado em Chicago no ano de 1981, o Ministry se tornou uma das maiores referências do metal industrial em todo o planeta – após um início voltado ao synthpop. Seus maiores sucessos foram a sequência “The Land of Rape and Honey” (1988), “The Mind is a Terrible Thing to Taste” (1989) e “ΚΕΦΑΛΗΞΘ” (1992). Os dois primeiros ganharam disco de ouro nos Estados Unidos, enquanto o terceiro foi além e faturou premiação de platina.
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