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Os artistas fora do metal que são incrivelmente pesados segundo Tom Morello

Na opinião do guitarrista, nomes de gêneros musicais como folk criaram músicas extremamente carregadas e sombrias

Para Tom Morello, criar músicas pesadas não envolve somente sonoridade. Na opinião do guitarrista, há muitos artistas fora do âmbito do metal que ficaram marcados pelo feito, sejam pelas letras ou pelas atitudes. 

Em entrevista ao podcast Paltrocast, o músico relembrou o surgimento de seu projeto solo The Nightwatchman, criado em 2003 e orientado ao folk rock. Enquanto abordava o assunto, reforçou que, além do ativismo, a inspiração para tal material veio de canções sombrias e carregadas relacionadas ao gênero musical em questão.

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Conforme transcrição da Ultimate Guitar, ele disse: 

“Sempre fui atraído pela música pesada. Primeiro, me atraí pelo metal. Depois, pelo punk e hip hop. E só na casa dos 30 anos que descobri os primeiros discos de Bob Dylan e o álbum ‘Nebraska’ (1982), de Bruce Springsteen. Por causa disso, voltei a escutar Woody Guthrie, Joe Hill e Phil Ochs. E pensei ‘essa música é pesada pra caramba, cara’. Você não precisa de vários amplificadores Marshall para ser realmente sombrio [risos]”

Surgiu assim a vontade de, em meio à fama do Audioslave, criar o The Nightwatchman para expressar o seu lado mais político. Em suma, com o projeto, disponibilizou três álbuns de estúdio: “One Man Revolution” (2007), “The Fabled City” (2008) e “World Wide Rebel Songs” (2011). 

A respeito, o artista declarou: 

“Foi nesse momento que peguei o violão e comecei o projeto The Nightwatchman, o que realmente levou a um relacionamento artístico duradouro com Ike Reilly em 2007. Eu tinha feito muitos shows de protesto e beneficentes do Nightwatchman, mas foi naquele ano que fiz a primeira turnê pelos Estados Unidos em uma van, com ele como atração de abertura. Isso no auge do poder do rock de arena do Audioslave.”

Tom Morello e os artistas mencionados 

Tom Morello já colaborou profissionalmente com Bruce Springsteen. A relação entre os dois começou em 2008. Naquele ano, o guitarrista integrou pela primeira vez a E Street Band, banda de turnê do cantor.

Desde então, excursionou com o artista em algumas ocasiões, participou de performances em programas de TV ao seu lado e também colaborou em gravações de estúdio . O integrante do Rage Against the Machine aparece creditado nos álbuns “Wrecking Ball” (2012) e “High Hopes” (2014).

Ainda, em 2009, Morello juntou-se ao colega/ídolo na apresentação realizada durante o 25º aniversário do Rock and Roll Hall of Fame no Madison Square Garden, em Nova York, nos Estados Unidos. Considerando os anos mais recentes, fez uma aparição surpresa durante show da “The River Tour” em agosto de 2016, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, e em abril deste ano, na Califórnia, Estados Unidos.

O guitarrista também não esconde a admiração por Woody Guthrie, falecido em 1967. Ao receber o prêmio batizado com o nome do saudoso artista folk neste ano, Morello publicou um texto com o seguinte trecho: 

“Woody Guthrie é um grande herói para mim […]. Ele foi um punk rocker original cuja vida, música, arte e letras eram sinais de justiça e libertação para os oprimidos. No meu próprio trabalho, Woody tem sido uma inspiração para contar o que eu vejo, sem compromissos ou desculpas.”

O mesmo vale para Joe Hill, que recebeu uma homenagem no livro lançado pelo músico, “Whatever It Takes” (2020). Ao site Relix, ele descreveu o artista, executado em 1915, como seu “guitarrista favorito”: 

“Joe Hill é meu guitarrista favorito, embora não haja gravações conhecidas dele. Ele foi um poeta aclamado da classe trabalhadora militante na América do início do século 20. Ele é o modelo para tudo o que tento fazer como músico e ativista.”

Já em relação a Phil Ochs, que nos deixou em 1976, Tom também destacou sua composição como uma referência no passado. Por meio de uma postagem realizada nas redes sociais em 2020, escreveu: 

“Phil Ochs foi um incansável defensor da justiça. Ele é um dos maiores artistas ativistas de todos os tempos. Com inteligência e força, suas canções cutucaram os malfeitores de sua época e permanecem exemplos perfeitos de como lutar contra o poder com a guitarra na mão.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Em entrevista ao podcast Paltrocast, o músico relembrou o surgimento de seu projeto solo The Nightwatchman, criado em 2003 e orientado ao folk rock. Enquanto abordava o assunto, reforçou que, além do ativismo, a inspiração para tal material veio de canções sombrias e carregadas relacionadas ao gênero musical em questão.

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Conforme transcrição da Ultimate Guitar, ele disse: 

“Sempre fui atraído pela música pesada. Primeiro, me atraí pelo metal. Depois, pelo punk e hip hop. E só na casa dos 30 anos que descobri os primeiros discos de Bob Dylan e o álbum ‘Nebraska’ (1982), de Bruce Springsteen. Por causa disso, voltei a escutar Woody Guthrie, Joe Hill e Phil Ochs. E pensei ‘essa música é pesada pra caramba, cara’. Você não precisa de vários amplificadores Marshall para ser realmente sombrio [risos]”

Surgiu assim a vontade de, em meio à fama do Audioslave, criar o The Nightwatchman para expressar o seu lado mais político. Em suma, com o projeto, disponibilizou três álbuns de estúdio: “One Man Revolution” (2007), “The Fabled City” (2008) e “World Wide Rebel Songs” (2011). 

A respeito, o artista declarou: 

“Foi nesse momento que peguei o violão e comecei o projeto The Nightwatchman, o que realmente levou a um relacionamento artístico duradouro com Ike Reilly em 2007. Eu tinha feito muitos shows de protesto e beneficentes do Nightwatchman, mas foi naquele ano que fiz a primeira turnê pelos Estados Unidos em uma van, com ele como atração de abertura. Isso no auge do poder do rock de arena do Audioslave.”

Tom Morello e os artistas mencionados 

Tom Morello já colaborou profissionalmente com Bruce Springsteen. A relação entre os dois começou em 2008. Naquele ano, o guitarrista integrou pela primeira vez a E Street Band, banda de turnê do cantor.

Desde então, excursionou com o artista em algumas ocasiões, participou de performances em programas de TV ao seu lado e também colaborou em gravações de estúdio . O integrante do Rage Against the Machine aparece creditado nos álbuns “Wrecking Ball” (2012) e “High Hopes” (2014).

Ainda, em 2009, Morello juntou-se ao colega/ídolo na apresentação realizada durante o 25º aniversário do Rock and Roll Hall of Fame no Madison Square Garden, em Nova York, nos Estados Unidos. Considerando os anos mais recentes, fez uma aparição surpresa durante show da “The River Tour” em agosto de 2016, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, e em abril deste ano, na Califórnia, Estados Unidos.

O guitarrista também não esconde a admiração por Woody Guthrie, falecido em 1967. Ao receber o prêmio batizado com o nome do saudoso artista folk neste ano, Morello publicou um texto com o seguinte trecho: 

“Woody Guthrie é um grande herói para mim […]. Ele foi um punk rocker original cuja vida, música, arte e letras eram sinais de justiça e libertação para os oprimidos. No meu próprio trabalho, Woody tem sido uma inspiração para contar o que eu vejo, sem compromissos ou desculpas.”

O mesmo vale para Joe Hill, que recebeu uma homenagem no livro lançado pelo músico, “Whatever It Takes” (2020). Ao site Relix, ele descreveu o artista, executado em 1915, como seu “guitarrista favorito”: 

“Joe Hill é meu guitarrista favorito, embora não haja gravações conhecidas dele. Ele foi um poeta aclamado da classe trabalhadora militante na América do início do século 20. Ele é o modelo para tudo o que tento fazer como músico e ativista.”

Já em relação a Phil Ochs, que nos deixou em 1976, Tom também destacou sua composição como uma referência no passado. Por meio de uma postagem realizada nas redes sociais em 2020, escreveu: 

“Phil Ochs foi um incansável defensor da justiça. Ele é um dos maiores artistas ativistas de todos os tempos. Com inteligência e força, suas canções cutucaram os malfeitores de sua época e permanecem exemplos perfeitos de como lutar contra o poder com a guitarra na mão.”

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