Como em todas as suas edições, o Rock in Rio 2024 foi bastante eclético na escolha de seu lineup. Por outro lado, a última realização do evento trouxe atenção menor que o habitual às bandas de rock, com apenas um dia inteiramente dedicado ao estilo além de outras atrações isoladas em outras datas.
Como esperado, comentários nas redes sociais trouxeram reclamações ligadas à falta de rock no festival que leva o gênero no nome. A empresária Roberta Medina, que está à frente do evento, comentou sobre o tema.
O assunto surgiu durante uma sessão de perguntas e respostas com a empresária promovida pelo g1. Uma das várias questões levantadas por fãs foi “cadê o rock?”, por parte de uma fã que pediu especificamente Guns N’ Roses e AC/DC, e Medina respondeu de forma direta.
De acordo com Roberta:
“A gente teve um dia inteiro de rock esgotado. Não dá para ter todo mundo toda edição, mas segurem aí o coração. De novo, temos de 6 em 6 meses um festival nosso quicando pelo país. Alguma hora eles chegam.”
O dia mencionado na declaração é o 15 de setembro, que teve o Avenged Sevenfold como atração principal. O lineup ainda trouxe as bandas Journey, Evanescence, Os Paralamas do Sucesso, Deep Purple, Incubus, Planet Hemp (com participação de Pitty), Barão Vermelho, Dead Fish, Crypta, Black Pantera, entre outras.
Outro estilo solicitado pelo público foi o k-pop, que Medina afirma já ter tentado trazer, mas sem sucesso por conta da agenda dos artistas. Houve ainda quem tenha pedido um “dia do indie” e até artistas específicos, como Beyoncé, Lady Gaga e Anitta, não inspirando respostas muito conclusivas por parte da empresária.
Roberta comentou também sobre como é feita a escolha dos artistas para o Rock in Rio. Segundo a CEO do evento, o gosto do público é levado em conta na curadoria e então as datas de turnês são verificadas. Se a possibilidade existe, o festival começa as negociações.
Estrutura do Rock in Rio 2024
Além de artistas e estilos musicais, as perguntas envolveram, também, a estrutura do do Rock in Rio 2024. A filha de Roberto Medina, criador do festival, explicou que a proibição de entrada de produtos de maquiagem tem relação com a segurança, mas há locais na Cidade do Rock onde é possível retocar o visual.
Questionada sobre melhorias na entrada do local, Roberta afirmou que não recebeu reclamações a respeito, mas vai averiguar. A respeito das longas filas para os brinquedos, a empresária afirmou que a demanda realmente é alta, mas a produção estuda formas de melhorar a experiência.
Medina também prometeu mais pontos para carregamento de celulares espalhados pelo festival nas próximas edições. A produção ainda pretende tornar o evento mais democrático: neste ano, parcerias foram feitas para que pessoas que vieram de fora do Rio de Janeiro para o Rock in Rio tivessem acesso a pontos turísticos da cidade, em uma ação que deve ser ampliada no futuro.
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