Camisa Verde e Branco lança samba-enredo em homenagem a Cazuza para 2025; ouça

Escola paulista levará a obra do cantor e compositor ao Sambódromo do Anhembi no próximo carnaval

A escola de samba paulista Camisa Verde e Branco divulgou o samba-enredo de “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!”, tema que levará ao carnaval em 2025. A música foi composta por Silas Augusto, Cláudio Russo, Rafa do Cavaco, Turko, Zé Paulo Sierra, Fábio Sousa, Luís Jorge, Dr. Élio e Bruno Gianelli.

O intérprete é Wander Pires, que atualmente também é o puxador da Unidos do Viradouro no Rio de Janeiro, com quem foi campeão este ano. A homenagem está sendo desenvolvida pelo equipe do carnavalesco Cahê Rodrigues.

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A letra e o próprio samba-enredo podem ser conferidos abaixo:

Faz parte do meu show
Plantar a flor da poesia nos quintais
Estou na máquina de escrever o tempo
O vento sopra tantas letras autorais
E Parte do meu show
É um teatro de operações vitais
É uma entrada para o circo voador
Gritando contra os fuzis e generais
Por todo amor que houver nesta vida
Ser Agenor a frente do espelho
Ser minha dor, pão e comida,
Voando no Barão Vermelho

Vem ouvir o rock n roll
Pela libertação
De um Brasil sem senhor
Um Brasil sem patrão
Sei que a Bete chegou
Balançando os quadris
Pro dia nascer feliz!

Exagerado eu sempre fui
Apaixonado, contestador
Não me furtei em ser debochado
O amor inventado, feito um beija flor…
Eu sei só as mães são felizes
São cicatrizes e solidão
Oh meu Brasil o tempo não para, não para não
A Barra Funda mostra sua cara
Relembrando o seu apogeu
Declama em lindos versos
O Poeta não morreu!

Dia sim, dia não vou sobrevivendo
Vestindo a camisa, compondo a musa
Se a sua saudade é maior que a minha
Te amo Lucinha, assina Cazuza!

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A edição 2025 do desfile das escolas de samba do grupo especial de São Paulo acontece nos dias 1 e 2 de março. O local é o Sambódromo do Anhembi.

Cazuza no carnaval carioca

Em 1998, Cazuza já havia sido tema de enredo no grupo de acesso do carnaval do Rio de Janeiro. A Acadêmicos de Santa Cruz levou à Sapucaí o desfile “O exagerado Cazuza nas terras de Santa Cruz”. A escola ficou em terceiro lugar na classificação, não subindo ao grupo especial por uma posição na classificação geral.

Projetos para o futuro

Falecido há 34 anos, Cazuza continua a ter alta relevância na música brasileira. Uma série de projetos envolvendo seu nome seguem sendo realizados. O principal é um disco contando com composições inéditas. O intérprete para a iniciativa já estaria definido: Jão, declarado fã, que costuma incluir canções do vocalista original do Barão Vermelho em suas apresentações.

Cazuza, batizado Agenor de Miranda Araújo Neto, morreu no dia 7 de julho de 1990, vitimado pelo vírus da Aids, contra o qual lutou nos últimos três anos de vida. Transitando entre o rock e a MPB, se destacou como frontman do Barão Vermelho na primeira metade dos anos 1980.

A seguir, embarcou em uma bem-sucedida carreira solo, com a qual gravou quatro álbuns de estúdio – além de um póstumo, disponibilizado no ano seguinte à sua morte. O maior sucesso foi o ao vivo “O Tempo Não Para” (1989), registrado durante a derradeira turnê e tendo vendido em torno de 1,8 milhão de cópias.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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