Não é incomum vermos fãs se referindo aos primeiros anos de uma banda clássica como sua “era clássica”. No entanto, é bem raro ver o próprio artista falar de sua obra nesses termos. Pete Townshend é uma das exceções. O guitarrista e principal compositor do The Who reconhece que o grupo não lança um grande álbum desde o sexto da discografia.
Em 2011, o músico reconheceu à Billboard que “Quadrophenia”, segunda ópera-rock do quarteto, representou o desfecho de sua época mais produtiva – mesmo que os lançamentos posteriores tenham obtido alguma repercussão e gerado hits.
Ele disse, conforme resgate do Far Out Magazine:
“A razão pela qual ‘Quadrophenia’ é tão importante para mim é que eu o considero o último grande álbum do The Who, realmente. Nunca mais gravamos nada que fosse tão ambicioso ou audacioso. É um trabalho precioso para mim, uma espécie de disco de virada.”
The Who depois de “Quadrophenia”
Após “Quadrophenia”, a banda ainda lançaria mais dois álbuns com sua formação clássica, “The Who By Numbers” (1975) e “Who Are You” (1978). Após a morte de Keith Moon, Kenney Jones (ex-Faces) assumiu a bateria em “Face Dances” (1981) e “It’s Hard” (1982).
John Entwistle faleceu no início do século. Reduzido a Roger Daltrey e Pete Townshend com músicos convidados, o grupo ainda disponibilizou “Endless Wire” (2006) e “Who” (2019).
Sobre o disco
Lançado em 19 de outubro de 1973, “Quadrophenia” foi o sexto álbum de estúdio do The Who – sua segunda ópera-rock, após “Tommy” (1969) – “Who’s Next” (1971) aparece entre os dois trabalhos. A história acompanha as desilusões na vida de um jovem chamado Jimmy.
As personalidades dos quatro integrantes do grupo são colocadas em determinados momentos da narrativa. As músicas temas de cada membro são: “Bell Boy” (Keith Moon), “Is it Me?” (John Entwistle), “Helpless Dancer” (Roger Daltrey) e “Love Reign O’er Me” (Pete Townshend).
Chegou ao 2º lugar nas paradas dos Estados Unidos e Reino Unido. Ganhou disco de platina no primeiro e ouro no segundo. Posteriormente, virou musical, filme e, recentemente, ganhou versão orquestral.
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