Quando o Exodus foi proibido de abrir para o Metallica após superá-lo

Gary Holt, que garante ser um grande fã dos colegas, afirma que decisão foi comunicada por James Hetfield após show no Ano Novo de 1986

Antes de se consagrar como uma das bandas mais populares de todos os tempos, o Metallica começou na posição de um dos expoentes do thrash metal, subgênero nascido na Costa Oeste dos Estados Unidos que fundiu influências do punk e heavy metal. Deste mesmo segmento surgiu o Exodus, curiosamente cofundado por Kirk Hammett — que se juntaria ao outro grupo em 1983.

Gary Holt, guitarrista que entrou para o Exodus em 1981 e segue na formação até os dias de hoje, é um grande fã do trabalho do Metallica. Todavia, já apontou que sua banda “engoliu” a dos colegas em uma ocasião ainda na década de 80.

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O caso foi narrado por ele em entrevista de 2021 ao canal de YouTube Alive & Streaming, apresentado pelo também guitarrista Ted Aguilar, integrante do Death Angel. De acordo com Holt, o episódio se deu durante um show realizado na véspera do Ano Novo de 1986, em San Francisco, na Califórnia.

Naquela noite, o Metallica, já bastante popular graças ao álbum “Ride the Lightning” (1984), era a atração principal. Exodus, Metal Church e Megadeth — liderado por Dave Mustaine, justamente a quem Hammett substituiu anos antes — fizeram as honras de abertura.

Conforme transcrição do Blabbermouth, Holt disse:

“Nós engolimos o Metallica. Não estou me gabando, mas nós os engolimos. E eles sabem disso. Era a grande ‘volta ao lar’ deles, pois terminaram de gravar o álbum ‘Master of Puppets’ (1986), daí chegamos com mais amplificadores, um riser (de bateria) maior, parecíamos a atração principal.”

Exodus não abriria mais para o Metallica

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Foi aí que, segundo Gary Holt, o frontman do Metallica, James Hetfield, deu um recado para os colegas de Exodus. O guitarrista comenta:

“Estávamos farreando depois, aí James chega e enquanto estávamos chapando, ele disse: ‘essa será a última vez que vocês vão abrir para nós’. E foi a última (risos). Nunca mais tocamos com o Metallica até a última década, e foi em um festival em algum lugar.”

Gary Holt defende os colegas

Apesar dessa situação, Holt deixou claro que “ama o Metallica até a morte” e que sempre irá apoiá-los, além de dar créditos às conquistas deles. Ele afirma:

“Considero ‘Master of Puppets’ o maior álbum de metal já feito. Ninguém chegou a algo parecido com aquilo. Talvez o Judas Priest tenha chegado perto com ‘Stained Class’ (1978). Eu os respeito muito.”

O músico saiu em defesa até mesmo de “St. Anger” (2003), um dos álbuns mais criticados do Metallica. Gary diz:

“Eu sempre digo que se eles tivessem gravado ‘St. Anger’ da forma correta, não soaria tão ruim. No YouTube, um cara regravou o disco inteiro com os timbres apropriados de guitarra e bateria, e as músicas ficaram matadoras.”

O único ponto fraco na carreira dos colegas, segundo Gary Holt, está em “Lulu” (2011), álbum colaborativo gravado com Lou Reed. Porém, o guitarrista admite que nem se deu ao trabalho de ouvir o material.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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