Disney usa termo do Disney+ para tentar anular processo por morte em parque

Médica de 42 anos faleceu em resort da empresa na Flórida após reação alérgica a alimento

A Disney está tentando anular o processo de uma família que busca ressarcimento após morte ocorrida no restaurante de um de seus parques. Kanokporn Tangsuan, médica de 42 anos, faleceu em outubro do ano passado. O motivo foi reação alérgica a um prato que consumiu em um resort da empresa localizado na Flórida.

Na ação, o viúvo Jeffrey Piccolo ressalta que o casal deixou claro que a vítima era alérgica a nozes e laticínios no momento que pediu o prato. Ainda assim, a equipe do local não prestou atenção e incluiu os ingredientes na refeição, desencadeando efeitos que foram letais.

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Ressaltando que o episódio era evitável, o advogado do casal alega, conforme repercussão do Indiewire:

“A Disney não seguiu os protocolos adequados, deixando de cumprir suas repetidas promessas de servir alimentos livres de alérgenos.”

A indenização almejada gira em torno dos US$ 50 mil – em torno de de R$ 273 mil na conversão de valores atual –, além dos custos do funeral.

A alegação da Disney e a réplica da acusação

Em sua defesa, a Disney se vale de um recurso polêmico: a empresa afirma que o processo não pode correr na Justiça, segundo termos do Disney+. O casal assinou o serviço de streaming por um mês — normalmente período de teste gratuito — em 2019. Termos de compromisso do serviço afirmam que disputas judiciais com a Disney devem ser realizadas fora dos tribunais. Assim, na visão da companhia, este caso não poderia ser julgado oficialmente.

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Em nota, os representantes do casal classificaram a alegação como um absurdo. Eles disseram:

“A ideia de que termos acordados por um consumidor ao criar uma conta de teste gratuita da Disney impediriam para sempre o direito desse a um julgamento por júri em qualquer disputa com qualquer afiliada ou subsidiária da Disney é tão absurdamente irracional e injusta a ponto de chocar a consciência judicial. Nenhum tribunal deve impor tal acordo.”

A Disney ainda alega que Jeffrey e Kanokporn teriam aceitado condições do mesmo tipo ao usar a conta que possuíam para adquirir o passeio que acabou em tragédia. Não há previsão de desfecho para o caso.

Crise e possível venda para a Apple

Nos últimos anos, a Disney vem lidando com uma série de problemas. Parques temáticos não rendem tanto quanto antes. Além disso, uma dívida enorme foi adquirida na aquisição da Fox em 2019. Para completar, uma série de lançamentos recentes do estúdio ficaram aquém das expectativas de bilheteria.

Somam-se ao cenário os efeitos colaterais da greve dos roteiristas e atores, a primeira paralisação simultânea dos sindicatos desde 1960. Especulações apontam que a Apple seria uma compradora em potencial da empresa — confira os rumores clicando aqui.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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