O detalhe que faz a diferença em “In the Air Tonight”, segundo Phil Collins

Artista se valeu de recurso inovador da época para criar “efeito hipnótico” no arranjo da música

Phil Collins nunca teve medo de enfrentar o conservadorismo musical do fã médio de rock. De baterista a vocalista do Genesis, protagonizou a guinada pop do grupo, que desagradou radicais, mas os projetou a um sucesso no nível de atrações de estádios de futebol em todo o planeta.

Ao partir para a carreira solo, inicialmente sem deixar o grupo, mergulhou em uma sonoridade ainda mais acessível, conquistando as playlists de rádios. Ao mesmo tempo, não teve medo de abraçar as inovações tecnológicas. Como em seu maior hit, que se valeu da então novata bateria eletrônica.

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Em resgate do Far Out Magazine, o astro britânico recordou como precisou enfrentar o estranhamento geral ao incrementar a composição com o recurso. Da mesma forma, o definiu como o diferencial para o que buscava. Ele disse:

“As baterias eletrônicas o libertam de preencher todas as lacunas quando está escrevendo. No meu caso, uso para dar uma atmosfera à qual responderei nos teclados.”

A seguir, Collins se referiu especificamente ao clássico.

“Quero dizer, ‘In the Air Tonight’ é um bom exemplo disso. Eu criei um padrão na bateria eletrônica que era meio hipnótico e o deixei tocando por um tempo. Comecei a pensar sobre isso, até que trouxe aquele acorde. De repente, tudo começou a se encaixar em seu lugar, sabe?”

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Phil Collins e “In the Air Tonight”

In the Air Tonight” é uma das músicas mais famosas da carreira solo de Phil Collins. A faixa abre seu primeiro álbum solo, “Face Value” (1981), e tem como principal destaque a famosa virada de bateria, que introduz um ritmo dançante à canção, até então, mais atmosférica e experimental.

O single vendeu em torno de 6 milhões de cópias em todo o mundo, alcançado o Top 20 em diversas paradas. Foi número 1 na Áustria, Alemanha Ocidental, Suíça, Suécia e Países Baixos. No Spotify, principal plataforma de áudios, conta com mais de 720 milhões de cópias no momento desta publicação.

Em anos recentes, a canção ganhou nova popularidade por conta da viralização de um vídeo de react. Escutando-a pela primeira vez, os irmãos Tim e Fred Williams se surpreenderam com o momento percussivo, rendendo uma reação de surpresa genuína, espontânea e divertida.

A situação ganhou até mesmo um estudo sobre o que ficou conhecido como “efeito Phil Collins” (PCE). O fenômeno ocorre como um reflexo da relação que a nova geração tem com a música e com culturas mais antigas.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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