As piores músicas do Iron Maiden em “The Number of the Beast”, segundo Steve Harris

Baixista e líder do grupo compartilhou sua opinião sobre o álbum que não considerava o melhor da discografia mesmo na época do lançamento

Um dos álbuns mais influentes do heavy metal, The Number of the Beast (1982) representou um ponto de virada para a carreira do Iron Maiden. Os dois primeiros discos, o homônimo de 1980 e “Killers” (1981), traziam uma sonoridade mais agressiva com o vocalista Paul Di’Anno. Com a demissão deste, Bruce Dickinson foi trazido e novas possibilidades sonoras começaram a ser exploradas. 

O terceiro trabalho de estúdio do grupo apresentou uma sonoridade mais melódica, ainda que seguisse carregando o peso típico da New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM), movimento com o qual o Maiden surgiu. O sucesso foi grande, com direito a atingir o topo da parada britânica e o top 40 americano.

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Para Steve Harris, porém, tal desempenho não é validação suficiente. Em entrevista à Classic Rock, o baixista e líder do grupo opinou sobre o disco e até citou as duas faixas que não lhe agradam: “Gangland” e “Invaders”.

“Não achava na época que era nosso melhor álbum e ainda não acho isso. Há algumas faixas que não acho tão boas. Se ‘Total Eclipse’ estivesse no álbum em vez de ‘Gangland’, seria bem melhor. Além disso, acho que ‘Invaders’ poderia ter sido substituída por algo um pouco melhor, mas não tínhamos nada para usar na época.”

O incômodo do baixista com “Gangland” foi levado em consideração no relançamento de “The Number of the Beast” em 2022. Na edição comemorativa de 40 anos, a canção deu lugar a “Total Eclipse”.

Em outra entrevista à Classic Rock, Bruce Dickinson concordou com o patrão. Ele disse:

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“O único erro que cometemos foi colocar ‘Gangland’ no álbum em vez de ‘Total Eclipse’. Escolhemos ‘Gangland’ porque foi a primeira coisa que gravamos juntos de maneira adequada. Mas o resto do álbum é fantástico. ‘Hallowed Be Thy Name’ foi uma precursora de ‘Rime Of The Ancient Mariner’. Essa música e todo o álbum levaram o Maiden a um nível diferente.”

Iron Maiden de volta à estaca zero 

Ao veículo mencionado, Steve Harris também relembrou o clima por trás da criação do álbum. Com um prazo curto e uma pré-produção demorada perante à nova dinâmica, o grupo trabalhou sob pressão para criar um material com certo frescor.

“Havia muita pressão. Não só tínhamos um novo vocalista, como também não tínhamos material. O primeiro álbum foi como um ‘as melhores’ músicas que tocávamos durante os primeiros quatro anos da banda. O segundo álbum também era principalmente material antigo, exceto por talvez quatro músicas. Quando chegamos ao terceiro álbum, não tínhamos nada. Tivemos que compor do zero. A pressão ajuda a fazer você entregar resultados. Mas é preciso passar pelo inferno para conseguir isso.”

Apesar das questões apresentadas, “The Number of the Beast” inaugurou a era de ouro do Iron Maiden, que, nos anos seguintes, emplacou uma sequência de discos clássicos formada por “Piece of Mind” (1983), “Powerslave” (1984), “Somewhere in Time” (1986) e “Seventh Son of a Seventh Son” (1988).

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Tairine Martins
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Tairine Martins é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Administra o canal do YouTube Rock N' Roll TV desde abril de 2021. Instagram: @tairine.m

1 COMENTÁRIO

  1. Bom dia.
    Venho através deste relatar um erro em datas.
    Bem no final da matéria, onde mostra as datas de lançamentos dos albúns do Iron Maiden. O correto é:
    “Piece of Mind” (1983),
    “Powerslave” (1984),
    “Somewhere in Time” (1986) e
    “Seventh Son of a Seventh Son” (1987).

    Obrigado.

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