O primeiro teaser do filme “A Complete Unknown” foi disponibilizado nesta quarta-feira (24). Trata-se de uma cinebiografia de Bob Dylan, protagonizada por Timothée Chalamet (“Duna”, “Wonka”, “Interestelar” etc).
Além de dar vida ao lendário músico, o ator também cantará as músicas que aparecerão no filme. A informação foi confirmada pelo diretor da obra, James Mangold (“Logan”, “Ford vs. Ferrari”).
Outro nome de peso confirmado para o projeto é o de Edward Norton. Substituindo Benedict Cumberbatch, ele dará vida a Pete Seeger, nome importante da cena folk que também foi uma influência para Dylan em seus primeiros anos de carreira.
Além de Chalamet e Norton, o elenco traz Boyd Holbrook (como Johnny Cash), Monica Barbaro (Joan Baez), Elle Fanning (Sylvie Russo) e Nick Offerman (Alan Lomax). A estreia no exterior é prevista para dezembro, ainda sem data para o Brasil.
Assista ao teaser abaixo.
Bob Dylan deu dicas para “A Complete Unknown”
Ano passado, James Mangold revelou que Bob Dylan deu suas sugestões para o desenvolvimento da obra. Para o podcast Happy Sad Confused, o cineasta explicou, primeiramente, que o filme não é exatamente uma cinebiografia do músico, mas sim sobre a cena do folk de Nova York nos anos 1960.
“Os melhores filmes sobre a vida real nunca são do berço ao túmulo, mas sim sobre um momento muito específico. Neste caso, é uma espécie de conjunto como um todo sobre este momento no tempo, no início dos anos 1960 em Nova York, em que este garoto de 17 anos, com 16 dólares no bolso, pede carona até Nova York para se encontrar com o Woody Guthrie (lenda do folk que inspirou Bob Dylan), que está no hospital e morrendo de uma doença nervosa.”
Mangold continuou e deu mais algumas pistas do que esperar do filme.
“Ele canta para Woody uma canção que escreveu para ele e faz amizade com o Pete Seeger, que é como um filho para Woody, e Pete consegue arranjar para ele alguns shows em clubes locais. Aí, ele conhece a Joan Baez e todas essas pessoas que fazem parte deste mundo.”
Em seguida, o diretor revelou que tem se encontrado com Bob Dylan e que o lendário músico também deu suas sugestões para o desenvolvimento do longa, além de ter declarado ser fã de cinema e de um dos trabalhos de Mangold.
“Eu gastei vários e charmosos dias na companhia (de Bob), só eu e ele, e conversamos. Tenho um roteiro que foi pessoalmente escrito por ele que é um tesouro para mim. Ele ama filmes. Na primeira vez que me sentei junto do Bob, uma das primeiras coisas que ele me disse foi: ‘eu amo ‘Cop Land’ (o segundo filme dirigido por Mangold em sua carreira)’.”
Timothée Chalamet cantará de verdade
Também foi James Mangold o responsável por revelar que Timothée Chalamet cantará as músicas de Bob Dylan na vindoura cinebiografia. A informação foi transmitida pelo diretor ao Collider:
“O roteiro vai ilustrar um momento incrível na cultura americana e na história de Bob, um jovem de 19 anos chegando a Nova York com US$ 2 no bolso e se tornando uma sensação mundial em três anos, sendo abraçado inserido na família da música folk local. De forma recíproca, ele acaba lançando e promovendo os amigos quando sua estrela sobe.”
Sobre o músico
Nascido em 24 de maio de 1941, na cidade americana de Duluth, Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan, construiu uma extensa obra ao longo de décadas de carreira. O artista é lembrado principalmente por seus álbuns lançados nos anos 60, trazendo músicas com temática de protesto, como “Blowing in the Wind” e “The Times They Are a-Changin'” e sucessos como “Like a Rolling Stone”.
O chamado “Poeta Maldito” transitou por diversos gêneros indo do gospel ao rock, mas tem no folk seus trabalhos mais reconhecidos. Também colaborou por um período com a The Band, com quem gravou mais de 100 músicas, parte delas lançadas em “The Basement Tapes” (1975).
Dylan também se dedicou à poesia e às artes plásticas, entre outras atividades. Foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame em 1988 e já ganhou dez Grammys e um Oscar. Recebeu ainda prêmios não exatamente relacionados à música, mas de grande prestígio, como um Pulitzer em 2008 e um Nobel de Literatura em 2016, por sua contribuição artística à poesia americana.
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