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Por que Eloy Casagrande deixou Andre Matos para tocar com o Gloria

Baterista entrou para a banda solo do Maestro ainda adolescente e demonstra gratidão pela oportunidade

Apesar de ser um fenômeno na bateria desde a infância, Eloy Casagrande foi apresentado ao mundo do metal quando entrou para a banda solo de Andre Matos. O músico tinha apenas 16 anos quando começou a trabalhar o vocalista e permaneceu entre os anos de 2007 e 2011, tendo gravado um álbum.

Em entrevista ao Uol, Eloy comentou sobre os tempos em que excursionou com o ex-frontman do Angra e do Shaman, que estava em carreira solo. Andre tomou conhecimento do baterista em uma de suas participações no “Domingão do Faustão”, na TV Globo. Como ainda era menor de idade, precisou que seus pais o emancipassem para poder viajar ao Japão com a banda.

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O baterista relembra o clima da turnê:

“Os músicos eram meus babás. Foi louco viajar o mundo e entender essas turnês internacionais.”

Além dos shows, Casagrande gravou com Andre Matos o álbum “Mentalize” (2009). O baterista revelou em uma sessão de perguntas e respostas ainda no canal do Sepultura no YouTube que seu primeiro encontro com a banda solo do cantor se deu quando tinha 15 anos.

Na ocasião, o músico contou que o guitarrista e produtor Roy Z intermediou o contato e arranjou para que Eloy fizesse o teste:

“Fui com meus pais, tinha uns 14 ou 15 anos, e toquei com a banda. Depois do teste, me deram o ok, eu estava dentro. Fui falar com Andre e perguntei se ele tinha certeza de que queria ter um garoto de 15 anos na banda, pois eu não sabia se conseguiria ligar com aquilo, pela idade, por nunca ter viajado em turnê. Ele falou: ‘eu acredito em você’. Foi o primeiro cara a me dar oportunidade de ser um músico profissional, tocar em uma banda propriamente dita, sem tocar covers, viver a música e a arte. Era um grande ser humano, um grande cara. Agora, ele é uma lenda.”

Convite

Eloy estava feliz na banda de Andre Matos, mas a sonhada vida de músico profissional ainda não estava compensando financeiramente. Ao Uol, o baterista fez um comentário irônico sobre a profissão no Brasil:

“Bem-vindo à vida do músico no Brasil. Você vai ter 400 bandas e ainda viver mal.”

Quando tinha por volta de 17 anos, o músico ainda teve dificuldades em casa com a separação dos pais, o que causou também um abalo financeiro na estrutura da família. A situação não era boa, mas surgiu então um convite inesperado, como o próprio Eloy conta:

“O Andre Matos não me sustentava, não era um cachê muito bom. Tive dúvidas se dava para continuar a ser baterista. Aí o Gloria me chamou.”

Apesar de não soar exatamente dessa forma, o Gloria era uma das bandas associadas ao movimento emo, que ainda vivia uma popularidade razoável. Casagrande aceitou o convite e logo de cara foi jogado em uma fogueira: abrir o Palco Mundo em um dos dias do Rock in Rio 2011, tocando antes de Motörhead, Slipknot e Metallica.

Mais uma vez seu talento o salvou: com medo da recepção negativa e das vaias do público metaleiro “raiz”, o Gloria adotou uma série de estratégias para minimizar o dano. Uma delas incluía um solo de bateria bem posicionado no setlist. Eloy deu conta do recado e chamou a atenção do Sepultura, que se apresentou no Palco Sunset no mesmo dia do festival.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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Em entrevista ao Uol, Eloy comentou sobre os tempos em que excursionou com o ex-frontman do Angra e do Shaman, que estava em carreira solo. Andre tomou conhecimento do baterista em uma de suas participações no “Domingão do Faustão”, na TV Globo. Como ainda era menor de idade, precisou que seus pais o emancipassem para poder viajar ao Japão com a banda.

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Na ocasião, o músico contou que o guitarrista e produtor Roy Z intermediou o contato e arranjou para que Eloy fizesse o teste:

“Fui com meus pais, tinha uns 14 ou 15 anos, e toquei com a banda. Depois do teste, me deram o ok, eu estava dentro. Fui falar com Andre e perguntei se ele tinha certeza de que queria ter um garoto de 15 anos na banda, pois eu não sabia se conseguiria ligar com aquilo, pela idade, por nunca ter viajado em turnê. Ele falou: ‘eu acredito em você’. Foi o primeiro cara a me dar oportunidade de ser um músico profissional, tocar em uma banda propriamente dita, sem tocar covers, viver a música e a arte. Era um grande ser humano, um grande cara. Agora, ele é uma lenda.”

Convite

Eloy estava feliz na banda de Andre Matos, mas a sonhada vida de músico profissional ainda não estava compensando financeiramente. Ao Uol, o baterista fez um comentário irônico sobre a profissão no Brasil:

“Bem-vindo à vida do músico no Brasil. Você vai ter 400 bandas e ainda viver mal.”

Quando tinha por volta de 17 anos, o músico ainda teve dificuldades em casa com a separação dos pais, o que causou também um abalo financeiro na estrutura da família. A situação não era boa, mas surgiu então um convite inesperado, como o próprio Eloy conta:

“O Andre Matos não me sustentava, não era um cachê muito bom. Tive dúvidas se dava para continuar a ser baterista. Aí o Gloria me chamou.”

Apesar de não soar exatamente dessa forma, o Gloria era uma das bandas associadas ao movimento emo, que ainda vivia uma popularidade razoável. Casagrande aceitou o convite e logo de cara foi jogado em uma fogueira: abrir o Palco Mundo em um dos dias do Rock in Rio 2011, tocando antes de Motörhead, Slipknot e Metallica.

Mais uma vez seu talento o salvou: com medo da recepção negativa e das vaias do público metaleiro “raiz”, o Gloria adotou uma série de estratégias para minimizar o dano. Uma delas incluía um solo de bateria bem posicionado no setlist. Eloy deu conta do recado e chamou a atenção do Sepultura, que se apresentou no Palco Sunset no mesmo dia do festival.

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André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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