Os Beatles se tornaram gigantes no mundo da música e cada integrante teve uma importante parcela de contribuição nisso. John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr trouxeram diferentes ingredientes para tal sucesso.
No entanto, de acordo com Starr, a banda não teria atingido outro patamar se não fosse a contribuição de um membro específico. O assunto foi abordado em recente entrevista à AXS TV (via NME).
Inicialmente, o baterista contou que ele e seus colegas, no fundo, não se davam tão bem assim. Ele afirmou:
“Não, não, não nos dávamos bem. Éramos quatro caras, tínhamos nossas brigas. Isso nunca atrapalhou a música, por pior que fosse (o desentendimento). Quando começávamos a tocar, todos dávamos nosso melhor. E isso foi um pouco mais tarde também, acho que foi uma coisa natural, sabe.”
Na sequência, o artista lembrou como as vidas particulares de cada membro da banda também passaram a afetar o lado musical. Porém, segundo o baterista, foi Paul McCartney o responsável por não deixar a peteca cair e levar os Beatles a outro patamar.
“De repente, passamos a ter nossas vidas e filhos. O esforço que fizemos, porque já trabalhávamos duro, começou a ficar mais fraco. Agradecemos a Paul até hoje. Por conta do Paul, que era o workaholic da nossa banda, fizemos muito mais discos que John e eu teríamos feito. Ficávamos enrolando, mas Paul chegava e dizia: ‘vamos lá, rapazes’, e entrávamos (para gravar).”
Beatles, Ringo Starr e Paul McCartney
Tal argumentação já foi apresentada por Ringo Starr em outras ocasiões. Em entrevista de 2021 à KMRS, o baterista fez elogios à forma como o cantor/baixista comandava o grupo em termos criativos, sempre buscando produzir cada vez mais.
“Quando nós quatro tocávamos, era o melhor lugar do planeta para se estar. Além de me tornar famoso, estive em todos aqueles espaços, com a alegria de tocar com John, George e Paul. Tenho ótimas lembranças disso. O outro lado da história é que trabalhamos muito duro. Eu estava dizendo a alguém outro dia: se Paul não estivesse na banda, provavelmente teríamos feito só dois álbuns porque éramos preguiçosos. Mas Paul é um workaholic. John e eu ficávamos à toa sentados no jardim. O telefone tocava e era ele, dizendo: ‘Ei, rapazes, vocês querem entrar? Vamos para o estúdio!’.”
Na sequência, o baterista pontuou:
“Criamos três vezes mais música do que jamais faríamos sem ele, porque ele é um workaholic e adora seguir em frente. Quando chegamos lá, adoramos, claro. Mas no início, era: ‘oh, não, de novo não!’.”
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