Mulher desiste de processo contra Tommy Lee por abuso com intenção de acioná-lo novamente

Alegada vítima acusou baterista do Mötley Crüe de agressão sexual durante uma viagem de helicóptero em 2003

No fim do ano passado, uma mulher de identidade não revelada moveu uma ação contra Tommy Lee. Ela acusou o baterista do Mötley Crüe de abuso sexual supostamente cometido durante uma viagem de helicóptero em fevereiro de 2003. Agora, meses mais tarde, a própria desistiu do processo. 

Segundo informações da Rolling Stone, a alegada vítima entrou com um pedido para arquivar o caso. O motivo envolve a intenção de acionar o músico no futuro novamente, sob outra abordagem. 

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Na semana passada, um juiz decidiu que as alegações da mulher não enquadravam-se na lei “The Sexual Abuse and Cover Up Accountability Act”. Em vigor entre janeiro e dezembro de 2023, o estatuto em questão permitiu que processos relacionados a crimes sexuais fossem movidos e julgados após o tempo de prescrição. No entanto, de acordo com a autoridade, ela não apresentou evidências suficientes para que o caso ganhasse prosseguimento dessa forma. 

Por isso, a alegada vítima, que tinha o prazo de 20 dias para entregar mais provas, optou por abandoná-lo temporariamente. Em nota, a advogada Melissa Eubanks explicou que a ideia é retomar a ação quando entrará em vigor o projeto de lei AB 2587, que estenderá o período de elegibilidade para reivindicações do tipo.

Ela declarou: 

“Nossa decisão de rejeitar voluntariamente o processo de Jane Doe [pseudônimo] contra Tommy Lee foi difícil, pois acreditamos fortemente que ela merece indenização diante dos danos causados pela agressão sexual em 2003. A decisão voluntária, portanto, não tem nada a ver com a veracidade da alegação. É apenas uma consequência da recente decisão da Justiça de que os requisitos necessários não foram cumpridos – uma decisão com a qual discordamos veementemente. 

Prevemos que a nova legislação estenderá o prazo para que sobreviventes adultos de agressão sexual busquem reivindicações diretamente contra seus abusadores. A Sra. Doe pretende prosseguir plenamente com suas reivindicações e buscar a indenização que merece quando essa legislação for promulgada.”

Já Sasha Frid, advogada do baterista, destacou mais uma vez que o seu cliente é inocente. Também ressaltou que a decisão não partiu de qualquer acordo entre as partes:

“Esse abandono prova completamente o ponto de Tommy Lee. Ele afirmou desde o início que essas alegações eram falsas. A autora rejeitou voluntariamente suas reivindicações. A decisão não foi consequência de qualquer acordo.”

O caso

Atenção: há relatos de suposto abuso sexual na sequência do texto. O material foi traduzido de forma relativamente fiel ao texto da Rolling Stone.

A demandante afirma ter conhecido no início de 2002 um piloto chamado David Martz, falecido em 2015. Os dois fizeram amizade e Martz a convidou para viajar de helicóptero. A mulher disse ter ficado receosa de início, por ter medo de voar nesse tipo de aeronave, mas acabou aceitando fazer uma viagem no começo do ano seguinte.

A alegada vítima afirma ter pensado inicialmente que seria uma viagem turística pelo condado de San Diego. Porém, ao chegar, ela foi avisada de que eles iriam para Los Angeles, pois precisaria levar Tommy Lee para a cidade.

De acordo com a mulher, havia bebidas alcoólicas no helicóptero e logo eles começaram a consumi-las, além de fumar maconha e cheirar cocaína. Ela afirma não ter feito uso de nenhuma das substâncias e até ter sido questionada por tal atitude.

Segundo a demandante, em dado momento, Martz a convidou para a cabine de piloto, onde poderia se sentar no colo de Lee para poder ter a melhor visão possível. Ela disse que aceitou, alegando ter se sentido pressionada.

No espaço, a mulher afirmou ter sido apalpada e beijada pelo baterista do Mötley Crüe. Além disso, declarou ter tentado se afastar do músico, mas não ter conseguido, pois ele passou a utilizar-se de força.

Em um trecho da ação obtida pela Rolling Stone, a mulher afirmou:

“A certa altura, Lee penetrou na demandante com os dedos enquanto acariciava seus seios. Lee então baixou as calças e tentou forçar a cabeça da demandante em direção aos seus órgãos genitais. A essa altura, a demandante estava chorando, mas não tinha para onde ir – estava presa e com pouca mobilidade para sair da cabine.”

Segundo a responsável pela acusação, Eric Martz não fez nada para impedir o alegado abuso. Os dois voltaram juntos a San Diego após deixarem Lee em Van Nuys e não conversaram sobre o assunto. Ela afirma que não teve contato com Martz nos anos seguintes, a não ser por um rápido contato por telefone em junho de 2009. O piloto morreu em um acidente aéreo em agosto de 2015.

Ao explicar o porquê de não ter movido uma ação antes, a mulher declara que o alegado ataque lhe causou “grande choque, angústia, humilhação, vergonha e culpa”, mas que não fez denúncia por achar que era um caso isolado e que não seria levada a sério pelas autoridades. Agora, porém, ela afirma acreditar que havia um histórico de condutas ilegais no helicóptero de Martz.

Históricos de Eric Martz e Tommy Lee

Em 2009, a Associated Press (via Rolling Stone) publicou que Eric Martz foi detido sob suspeita de conduzir uma aeronave sob influência de substâncias após ter voado próximo demais a um helicóptero da polícia de Los Angeles. Ele também ignorou instruções dadas pela torre de controle do aeroporto de Van Nuys. Na ocasião, foi liberado rapidamente e seu teste de sobriedade não foi conclusivo.

De acordo com o Los Angeles Times, Martz perdeu sua licença de piloto três vezes no passado. Em uma das ocasiões, foi acusado de praticar sexo oral com uma atriz de filmes adultos enquanto conduzia um helicóptero. Já em outra situação problemática, no ano de 2006, ele foi acusado de pousar uma aeronave no meio de uma rua para buscar Tommy Lee em um show do Nine Inch Nails em Hollywood Hills.

Por sua vez, Lee cumpriu seis meses de prisão em 1998 após ter sido acusado de chutar sua então esposa, Pamela Anderson, enquanto ela segurava um dos filhos do casal, Dylan.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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