Blacktop Mojo capricha na melodia e reflexão em “Pollen”

Quinto álbum de estúdio traz a banda texana cada vez mais próxima do lado clássico do estilo a que se propõe

Uma das características que fez o Blacktop Mojo se tornar conhecido desde sua criação, dez anos atrás, foi a capacidade de mesclar a sonoridade do hard e do classic rock com influências mais recentes, conservando um lado “sujo” e oriundo do alternativo. Não é surpresa que esse aspecto em particular tenha arrefecido bastante. Já era algo que ficava claro no álbum homônimo, disponibilizado em 2021.

Quinto trabalho de inéditas do grupo de Palestine, Texas, “Pollen” traz uma mudança na formação. O guitarrista Malcolm Booher assumiu o lugar de Chuck Wepfer e acrescentou mais um solista à formação, já que anteriormente apenas Ryan Kiefer se encarregava dessa parte. O lineup se completa com o vocalista Matt James, o baixista Matt Curtis e o baterista Nathan Gillis.

- Advertisement -

O cantor, é importante dizer, continua sendo o grande destaque do quinteto. Com um registro privilegiado, é capaz de alternar entre momentos mais agressivos e interpretações suaves com maestria. Os colegas servem como um belo pano de fundo para seu brilho individual. Quer um exemplo? Vá direto à última faixa do tracklist, a linda “Like Wild Horses”. James emociona e se faz entender não apenas liricamente, mas em como “abraça” o arranjo.

No lado mais agitado, não dá para deixar de mencionar “Weary I Roam”, que pode muito bem se tornar um hit. Há um aspecto radiofônico nela que se sobressai. Lançada como single, “Red Enough” consegue mesclar o lado roqueiro com uma pegada pop capaz de conquistar até mesmo quem não é tão adepto da proposta. Se o seu negócio é algo mais contemporâneo, aperte o play em “Born to Lose”.

Se você procura algo intimista, vale mencionar “Rise”, com participação de Nathan Hunt, frontman do Shaman’s Harvest. O dueto das vozes chega a arrepiar durante a execução. Adeptos de uma abordagem mais southern irão se emocionar na dobradinha “As the Light Fades” e “Something’s Changed”, que poderiam facilmente estar no repertório do Lynyrd Skynyrd e afins. A segunda ainda é pontuada por acordeom muito bem encaixado.

Em linhas gerais, a segunda metade de “Pollen” se sobressai em relação às primeiras faixas. Porém, é importante deixar claro que o ouvinte não deve esperar grandes doses de peso. O Blacktop Mojo se tornou de vez uma banda com sonoridade vintage e parece bem confortável nessa condição. Só não sabemos ainda se eles seguem morando todos juntos, como era até pouco tempo atrás.

*Ouça “Pollen” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

*O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Blacktop Mojo – “Pollen”

  1. The End is Gonna Come
  2. Weary I Roam
  3. I Can’t Tell
  4. Please Don’t Call
  5. Red Enough
  6. Rise
  7. As the Light Fades
  8. Something’s Changed
  9. Shoulda Just Gone to Sleep
  10. Born to Lose
  11. Like Wild Horses

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioResenhasResenhas de discosBlacktop Mojo capricha na melodia e reflexão em “Pollen”
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades