Nova formação do Pantera não é tributo, diz Rex Brown

“Phil Anselmo e eu estamos tocando nossas músicas que não tocávamos há 23 anos”, justificou baixista ao contradizer Zakk Wylde, Charlie Benante e espólio de Vinnie Paul

O vocalista Phil Anselmo e o baixista Rex Brown iniciaram um tributo oficial ao Pantera com Zakk Wylde na guitarra e Charlie Benante na bateria em 2022.

À época, em meios às polêmicas, o guitarrista convidado destacou que o intuito da reunião era apenas honrar e celebrar o legado da banda, cuja força motriz morava nos falecidos irmãos Dimebag Darrell (guitarra) e Vinnie Paul (bateria). Wylde ainda deixou claro que o projeto “obviamente não é Pantera”.

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Por sua vez, Benante afirmou que o grupo “nunca foi uma reunião do Pantera”. O baterista do Anthrax comentou que jamais seria possível aquilo configurar uma reunião sem os irmãos Abbott — e que a situação representaria desrespeito a ele próprio e a Zakk.

Contudo, na opinião de Brown, a nova formação vai além disso. Conversando com a Rolling Stone Australia (via Blabbermouth), o baixista rejeitou a ideia do projeto como um tributo, justamente por envolver dois membros do Pantera “original” — no caso, ele próprio e o Anselmo.

Rex declarou:

“Dois dos nossos amados irmãos simplesmente não estão mais aqui. Isso é a vida, sabe? Eles simplesmente não estão com a gente, cara, é o destino. É assim que as coisas andam. Essa não é uma banda tributo. Philip e eu estamos tocando nossas músicas que não tocávamos há 23 anos. E poder fazer isso e se conectar com a grandiosidade do que aconteceu é uma loucura extraordinária, sabe?”

O músico ainda aproveitou para elogiar Wylde e Benante. Ele disse:

“Esses caras são arrasadores. É difícil ocupar essas vagas, mas sabíamos quem se encaixariam e quem não. Sabíamos quais eram os obstáculos à nossa frente. Em setembro de 2022, antes do primeiro show em setembro, Charlie e eu gravamos provavelmente umas 100 horas de fita nossa tocando todas as músicas do Pantera que eu conseguia lembrar. Nos unimos assim. Baixo e bateria é a base. Quando Zakk entrou, havia certas coisas que tínhamos que repassar indefinidamente para ficarmos firmes. Hoje, essa banda é unida e durona do jeito que eu queria. Eu não poderia estar mais feliz.”

Quando os integrantes começaram a pegar a estrada usando o nome do Pantera, o espólio de Vinnie Paul emitiu um comunicado apoiando a iniciativa. Porém, a nota afirmava que a série de shows não configurava uma volta do Pantera, já que isso seria impossível sem os saudosos irmãos. Os representantes disseram:

“Nunca pode haver uma reunião do Pantera sem Vinnie e Dime. No entanto, não há melhor maneira de celebrar o legado dos dois artistas do que levar a música do Pantera diretamente aos fãs. Estamos honrados que Charlie e Zakk, seus amigos próximos e irmãos musicais, dividirão o palco com Philip e Rex, para mostrar o poder do Pantera ao vivo em todo o mundo.”

Pantera atualmente

Tributo ou não, o Pantera realizou uma turnê norte-americana com o Lamb of God em fevereiro deste ano, enquanto, em 2023, excursionou como atração de abertura do Metallica.

O projeto teve sua estreia na América Latina em 2022, com direito a dois shows em território brasileiro, ambos em São Paulo: um no Knotfest e outro em parceria com o Judas Priest.

Nos próximos meses, participará de alguns festivais internacionalmente. Entre eles, o Sonic Temple, em maio, nos Estados Unidos, e o Barcelona Rock Fest, em julho, na Espanha. 

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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