O melhor riff do Black Sabbath, na opinião de Max Cavalera

Escolha recaiu sobre música que foi regravada pelo Sepultura para tributo oficial à banda britânica

As impressões digitais do Black Sabbath estão presentes em toda banda que se aventurou pelo heavy metal. Max Cavalera sabe disso muito bem, tendo bebido direto da fonte em vários momentos da carreira. Especialmente em se tratando dos riffs – já que não é um solista -, especialidade de Tony Iommi.

Durante recente entrevista à Guitar World, o brasileiro falou sobre a importância do instrumentista para a cena da qual faz parte há 40 anos. E acabou tendo dificuldade na hora de escolher uma criação favorita do ídolo.

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Ele disse:

“Tony Iommi escreveu a Bíblia para o metal e todos nós já a lemos milhares de vezes! Escolher um riff favorito do Black Sabbath é muito difícil. Poderia ser a abertura de ‘Cornucopia’, mas ‘Symptom of the Universe’ provavelmente é o vencedor. Aquele primeiro riff barulhento sempre me faz pensar: ‘Game Over!’.”

Sepultura e “Sympton of the Universe”

Não é de se estranhar, portanto, que a faixa do álbum “Sabotage” (1976) tenha sido escolhida pelo Sepultura para um cover. A versão fez parte do tributo “Nativity in Black” (1994), que também contou com nomes como Megadeth, Bruce Dickinson, White Zombie, Faith No More e Type O Negative. Os próprios homenageados também apareceram. Max Cavalera comenta:

“Foi o cover mais difícil que fizemos em nossa carreira. Eu estava muito nervoso porque o Sabbath é algo sagrado. Você não deveria tocá-lo, como se fosse algum tipo de artefato religioso.”

Um segundo volume de “Nativity in Black” foi lançado em 2000. Max apareceu novamente, desta vez com o Soulfly, tocando “Under the Sun”, do álbum “Volume 4” (1972). O Megadeth também comparece outra vez, além de Slayer, System of a Down, Machine Head e Pantera, entre vários outros.

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Conhecendo o herói

A seguir, Max Cavalera contou como conheceu Tony. O encontro ocorreu ainda na época da banda que o lançou ao estrelato.

“Eu o conheci quando o Sepultura abriu para o Sabbath na Europa. Ele foi muito legal, tirou fotos com todos os nossos filhos. Eu li sua biografia, é algo realmente poderoso. Se você precisa de inspiração, compre esse livro! Ele sofreu o acidente na mão, quase desistiu de tocar guitarra, mas acabou se tornando o arquiteto do som do heavy metal.”

E apesar de admirar o guitarrista como um todo, não adianta: o forte mesmo está nos riffs.

“Amo os solos de Tony, são ótimos. Mas pelo menos para mim, é tudo uma questão de riffs. Para ter inventado essas coisas antes de qualquer outra pessoa, ele provavelmente nem é humano. Ele provavelmente vem do espaço sideral, cara!”

Sobre Tony Iommi

Nascido em Birmingham, Inglaterra, Anthony Frank Iommi é o único membro a ter participado de todas as formações do Black Sabbath – incluindo a dissidência Heaven and Hell. Seus riffs de guitarra são a base de sustentáculo para tudo o que significa o heavy metal.

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Aos 17 anos, perdeu as pontas de dois dedos da mão esquerda em um acidente com uma prensa de metal na fábrica em que trabalhava. Passou a usar próteses que ajudaram a criar seu som e estilo.

Lançou três álbuns com o projeto que leva seu sobrenome. O primeiro contava com cantores diferentes a cada faixa, enquanto os outros trazia Glenn Hughes nos vocais. Também integrou o Whocares, com membros antigos e atuais do Deep Purple, Iron Maiden, Metallica e HIM.

Em 1968, passou brevemente pelo Jethro Tull. Chegou a aparecer no especial “The Rolling Stones Rock & Roll Circus” com a banda. Colaborou em estúdio e ao vivo com artistas como Queen, Candlemass, Cathedral, Diamond Head, Girlschool e Quartz, além de seu colega de banda Ozzy Osbourne.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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