Como King Crimson fez o Genesis ficar ainda mais prog, segundo Steve Hackett

Guitarrista ressaltou que até mesmo a produção de palco ganhou novos elementos após ter assistido a Robert Fripp e companhia

Muitos músicos tiveram suas vidas transformadas – ou ao menos encaminhadas para a carreira – após assistirem a shows. O impacto da performance ao vivo, a reação da plateia e toda a produção envolvida foram capazes de direcionar pessoas com outros objetivos a uma história no meio artístico.

Steve Hackett é um desses. Em entrevista ao canal de Derek Higgins no YouTube, repercutida pelo Ultimate Guitar, o guitarrista contou como testemunhar uma apresentação do King Crimson no início dos anos 1970 lhe forneceu conceitos que seriam usados posteriormente, especialmente no Genesis.

- Advertisement -

Disse o instrumentista:

“Amei como eles encadeavam músicas tão díspares. Começavam tocando ‘The Young Ones’ de Cliff Richard e emendavam em uma versão para ‘Mars’ de Gustav Holst. Tivemos essa discussão com o Genesis e eu – com o tempo, as coisas em que estava trabalhando com eles – estava convencido de que precisávamos de um Mellotron.”

As influências não foram apenas musicais, como o próprio deixa claro. O espetáculo como um todo era importante para o conceito a ser explorado.

Leia também:  Os maiores desafios ao fazer o 1º Rock in Rio, segundo Roberto Medina

“Eu estava convencido de que precisávamos do show de luzes porque tinha visto o que King Crimson poderia fazer com um. Mas o fato de estar em sincronia – e eu tinha visto o uso do Mellotron – fazia com que a imaginação de quem estava vendo pudesse sair voando.”

A revolução sonora

Em seu segundo ano com o Genesis, Steve decidiu forçar a banda a escrever músicas ainda mais longas. O álbum “Foxtrot” (1972) ostentava o épico “Supper’s Ready” com duração de pouco menos de 23 minutos.

“Em 1972 consegui dizer: ‘Acho que poderíamos criar uma peça longa porque agora temos os requisitos para fazê-la. Mas precisa ter todos os recursos para envolver o público’.”

Em 2018, a faixa foi considerada o maior hino progressivo de todos os tempos pelos leitores da Classic Rock. O Top 100 pode ser conferido clicando aqui.

Leia também:  O melhor álbum do Pink Floyd na opinião de Richard Wright

Genesis, King Crimson e Steve Hackett

Tanto Genesis quanto King Crimson encerraram atividades recentemente. Os comandados de Robert Fripp foram os primeiros, em 2021. No ano seguinte, Phil Collins, Tony Banks e Mike Rutherford finalizaram a turnê de despedida.

Fora da banda desde 1977, Steve Hackett segue em prolífica carreira solo. Seu álbum mais recente, “The Circus and the Nightwhale”, saiu no último dia 16 de fevereiro. O trabalho chegou ao 30º lugar na parada do Reino Unido, além de ter alcançado o 11º na Alemanha.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesComo King Crimson fez o Genesis ficar ainda mais prog, segundo Steve...
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades