Nos últimos tempos, Roger Waters vem se dedicando a responder algumas perguntas enviadas por fãs em seu Instagram. Na mais recente publicação, o músico britânico foi questionado sobre qual teria sido o concerto mais difícil que já realizou.
A menção acabou indo para o show que gerou o álbum e vídeo “The Wall – Live in Berlin”. A apresentação aconteceu no dia 21 de julho de 1990, entre a Praça de Potsdamer e o Portão de Brandemburgo, terreno esse que ficou conhecido como “terra sem dono”, devido à construção do Muro de Berlim.
O evento marcou a primeira execução de “The Wall” (1979), do Pink Floyd, na íntegra desde a tour de divulgação. Roger havia dito em uma entrevista que só voltaria a tocá-lo por completo se o Muro de Berlim fosse derrubado. Apesar de uma declaração irônica, acabou fazendo sentido para o músico.
Ele recorda, conforme transcrição do Rock Celebrities:
“Não sei, o que me veio à cabeça só por questão de logística foi fazer ‘The Wall’. Depois que deixei o Pink Floyd em 1990, fiz ‘The Wall’ em Berlim, na Praça Potsdamer. Foi repleto de dificuldades só porque era um grande esforço e empreendimento.”
A queda de popularidade sem o nome Pink Floyd
Roger então relembrou um momento durante a turnê “K.A.O.S. On the Road”, onde um acidente com um microfone o levou a rachar o lábio. Dando uma ideia do público dele e do Pink Floyd após sua saída da banda, o cantor disse:
“Não me lembro onde toquei, mas foi em 1987. O restante da banda estava em turnê como Pink Floyd e tocavam em Cincinnati para cerca de 70 mil pessoas no estádio de futebol. E eu estava tocando em uma arena de 4 mil lugares para cerca de mil pessoas.”
O primeiro show de Waters sem seus ex-companheiros de banda não foi apenas fisicamente doloroso, mas também um momento de reflexão.
“Lembro de ter pensado: ‘Isso é formação de caráter. Eles estão tocando as minhas músicas para 70 mil pessoas e o meu show, porque ainda estavam copiando meu show teatral. E aqui estou eu, pensando em tudo isso’. Então bati no microfone. Comecei a sangrar copiosamente. Estava vestindo uma camiseta branca e pensei: ‘Uau, isso é muito legal’.”
Waters agradeceu ao público pela experiência, acrescentando:
“Senti meu caráter se formando naquele momento porque eu estava sentindo dor e alguma humilhação, e tudo mais. Então, obrigado àquelas milhares de pessoas que compareceram àquele show naquela noite, não foi fácil.”
Roger Waters e “The Wall – Live in Berlin”
“The Wall – Live in Berlin” contou com participações de nomes como Scorpions, Bryan Adams, Van Morrison, The Band, Joni Mitchell, Cindy Lauper e Sinéad O’Connor, entre outros. 350 mil pessoas compraram ingressos para ver o show. Foi o recorde de público em uma apresentação paga até aquele momento.
A versão em vídeo ganhou disco de ouro no Brasil – onde chegou a ser transmitido ao vivo pela Rede Bandeirantes de Televisão, além de reprisado por canais pagos posteriormente – e platina nos Estados Unidos.
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A raiva do Roger Waters é em virtude de ele ser de esquerda ? Ele criou o Pink Floyd com o Sid Barret , escreveu todas as músicas importantes do Pink ( quase todas falavam das saudades do Sid ) . E vcs puxam o saco do guitarrista que substituiu o Sid e nem foi visitá-lo .
Waters cantou todas essas músicas com um sentimento digno da Billie Hollyday . Não parece justo que os comentários sobre ele sejam sempre negativos .
Caro Paulo, a alma do Pink Floyd está na voz e nas guitarras de David Gilmour, e seus arranjos junto a Richard Wright.
Waters é um ótimo compositor, mas um baixista limitado e não sabe cantar.
Mas os quatro se completavam. A saída de Waters foi traumática, mas foi absorvida com competência pelos três.
É… mas… todo mundo ia e vai aos shows do Pink Floyd por causa dos solos do Dave Gilmour. Mentiroso quem fala ao contrário! Tanto é que “Esse Roger” toca as músicas do Pink Floyd e continua fazendo os mesmos solos. Visto que não deveria nem tocar One of these days, um dos vários casos em que o baixo que está nela foi gravado por David (aquele que roubou a vaga do despirocado Syd Barrett). Agora, imagina o Floyd se tivesse continuado com aquelas músicas sem nexo de Syd Barrett. Outro caso, para recordar aqui, é o de Fat old sun do álbum Atom heart mother, aquela linha de baixo complexa foi feita por Roger? Não! David Gravou todos os instrumentos presentes naquela faixa. É aquele caso, “Dê a Cesar o que é de Cesar”… Óh!!! Desculpa! Quis dizer: “Dê a David o que é de David!”