A despeito de Phil Collins ser quase condenado por ter “se vendido ao pop” após o início como um dos baluartes do progressivo, não dá para negar o poder de sua carreira solo. O multi-instrumentista e cantor não apenas se tornou um astro de luz própria como ajudou a levar o Genesis a um público que jamais teria conhecido a banda de outra forma.
Uma canção em específico se destaca. “In the Air Tonight” é um dos exemplos mais bem-acabados de composição com apelo popular e, ao mesmo tempo, execução impecável. Tudo nela se encaixa de forma tão única que mesmo os ouvintes que não apreciam momentos mais comerciais precisam dar o braço a torcer e reconhecer a qualidade.
Imagine o leitor, então, que não se importa com momentos mais suaves? Por mais que seja um dos inventores do heavy metal, Ozzy Osbourne nunca teve problema em reconhecer a veia mais pop em sua musicalidade – que o diga momentos como “Changes”, “Goodbye to Romance”, “So Tired” ou “Dreamer”.
Em 2009, o Madman falou ao The Daily Telegraph sobre seu amor para com a obra de Phil. Conforme resgate do Far Out Magazine, ele disse:
“Fiquei chocado quando a ouvi pela primeira vez. Aquela virada de bateria é a melhor que já foi feita. Ainda soa incrível até hoje. Todos nós amamos Phil Collins.”
Ajustando o som com Phil Collins
Dois anos mais tarde, o baixista Rudy Sarzo corroborou com a informação em entrevista à revista canadense Brave Words & Bloody Knuckles. Ele explicou:
“Lembro de ‘In the Air Tonight’ nas passagens de som. Sempre era tocada para ajustar os níveis de volume na mesa. Elas não eram tão tecnológicas como atualmente, então o engenheiro tinha que arrumar tudo manualmente. Essa música, em específico, era perfeita para isso, pela maneira como começa e vai crescendo após a entrada da bateria. Lembro de escutá-la todos os dias.”
O instrumentista também recordou o que ele o saudoso guitarrista Randy Rhoads costumavam colocar nas caixas de som durante as viagens.
“Mas quando Randy e eu assumíamos o controle no ônibus era diferente. Gostávamos de ouvir o álbum ‘Captain Fingers’, de Lee Ritenour. Era bom relaxar com um fusion jazz após tanto metal (risos). Também lembro de escutarmos o álbum ‘ABACAB’, do Genesis.”
“In the Air Tonight” e o “efeito Phil Collins”
“In the Air Tonight” é uma das músicas mais famosas da carreira solo de Phil Collins. A faixa abre seu primeiro álbum solo, “Face Value” (1981), e tem como principal destaque a famosa virada de bateria, que introduz um ritmo dançante à canção, até então, mais atmosférica e experimental.
Em anos recentes, a canção ganhou nova popularidade por conta da viralização de um vídeo de react. Escutando-a pela primeira vez, os irmãos Tim e Fred Williams se surpreenderam com o momento percussivo, rendendo uma reação de surpresa genuína, espontânea e divertida.
A situação ganhou até mesmo um estudo sobre o que ficou conhecido como “efeito Phil Collins” (PCE). O fenômeno ocorre como um reflexo da relação que a nova geração tem com a música e com culturas mais antigas.
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Jethro Tull, um dos melhores grupos de rock de mundo, não é apenas uma banda de rock é, também, a “orquestra sinfônica” do rock. Nunca li uma matéria sobre eles no site.
É só pesquisar, Hamilton. 🙂
https://igormiranda.com.br/tag/jethro-tull/