A filosofia apresentada pelo Manowar chega a ser folclórica dentro do metal. A banda liderada pelo baixista Joey DeMaio promete extrema fidelidade ao gênero musical, com direito a críticas àqueles que não são “verdadeiros” dentro do segmento.
Mas será que eles realmente vivem o que pregam? Qual é a postura dos integrantes fora dos palcos?
Em entrevista de 2021 ao Colisão Podcast (via Whiplash), o baterista Marcus Castellani, que fez parte do Manowar entre 2017 e 2019, trouxe algumas informações curiosas sobre os bastidores da banda. Segundo ele, os músicos realmente acreditam na filosofia de ser “verdadeiro” ao heavy metal. Contudo, é claro, não fazem exatamente tudo o que é descrito nas letras.
Inicialmente, Castellani fez elogios a Joey DeMaio enquanto o “cabeça” da banda.
“Joey DeMaio é muito culto, muito inteligente. Todas as letras são dele. Todas as músicas são dele. A banda é dele. Ele é o cabeça e o Eric Adams é o intérprete. […] Ele não sai escrevendo qualquer coisa, tem um embasamento por trás.”
Em seguida, ele comentou:
“O que senti de crença da parte deles está relacionado ao som, da essência, da qualidade do som – de você não ser poser, não se vender. Tipo: fiz um puta álbum como o ‘Battle Hymns’, daí preciso de dinheiro e no próximo, mudo meu som. Percebi bastante que há uma preocupação da banda em fazer com que os fãs sintam aquele poder dito nas letras.”
Nada de visual montado na padaria
A filosofia true metal é levada a sério. Isso não quer dizer que os músicos saiam por aí em visual montado, como se fossem guerreiros.
Castellani afirma:
“Agora, esse negócio de: ‘pô, o cara anda com espada nas costas’… isso não. Fora que é uma banda com 40 anos. Os caras com 20, 25 anos era outro esquema. Com certeza eles viveram o que pregavam em videoclipes. Mas hoje os caras já estão com mais de 60 anos. Não tem como.”
Joey DeMaio e Manowar
O Manowar esteve no Brasil, em setembro último, para show único em São Paulo. Joey DeMaio concedeu entrevista ao site e falou, entre outros assuntos, sobre as recentes mudanças de formação — que incluem a saída de Marcus Castellani, baterista que chegou a fazer uma participação especial durante a apresentação na capital paulista.
Desde 2022, a formação se estabilizou com dois compatriotas do baixista americano — Dave Chedrick empunhando as baquetas e Michael Angelo Batio assumindo as seis cordas. Para DeMaio, porém, a nacionalidade dos seus membros nunca foi um problema, pelo contrário.
“O Manowar e o espírito do metal não conhecem fronteiras. Ao longo dos anos tivemos o prazer de colaborar com irmãos incrivelmente talentosos de diferentes cantos do mundo. Cada um trouxe seu próprio sabor, experiências e influências únicas para a banda. Trabalhamos com um guitarrista e baterista brasileiros e eles tiveram o fogo e a paixão dos Manowarriors brasileiros que mencionei antes. Foi um prazer tê-los conosco. E o mesmo vale para Anders Johansson, nosso irmão sueco. Ele é um baterista fantástico e um ser humano incrível!”
Joey ainda se mostra empolgado quanto ao entrosamento com os novos recrutados.
“No Manowar, não se trata apenas de música; trata-se do vínculo, da unidade, da fraternidade. Michael Angelo, com suas habilidades virtuosas na guitarra, e Dave, com sua bateria estrondosa, combinam perfeitamente musicalmente; mas, além do mais, eles são irmãos que compartilham a mentalidade de Eric e a minha! Nós quatro estamos nos divertindo muito e o público pode sentir isso!”
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