Iron Maiden: o curioso significado oculto da música “Powerslave”, segundo Bruce Dickinson

Momento da banda foi inspiração para o vocalista na letra - além dos amplificadores no palco

Quinto álbum de estúdio do Iron Maiden, “Powerslave” (1984) tem sua faixa-título como um dos pontos altos. Durante seus sete minutos de duração, há uma letra de Bruce Dickinson a respeito da sucessão entre os faraós do antigo Egito. Mas será que era apenas sobre isso mesmo?

Na edição 324 (março de 2024) da revista Classic Rock, o vocalista explica que não. A mitologia dos antigos reis-deuses egípcios foi apenas o pano de fundo para uma metáfora sobre o momento que o próprio Maiden vivia naqueles tempos: todos eles eram “escravos” (“slaves”) do “poder” (“power”).

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Ele disse:

“’Powerslave’ é mais do que apenas sobre os antigos egípcios. É também sobre nós, a banda, e o que estava acontecendo conosco. Eu estava em uma montanha russa sem paradas desde que entrei na banda, dois anos antes. As turnês estavam ficando mais longas e mais loucas e as expectativas no nosso entorno eram astronômicas quando chegamos a ‘Powerslave’. Éramos escravos do poder, seja musicalmente ou em termos de perseguir o sucesso. Na verdade, éramos ambos.”

Dickinson revelou ainda uma terceira camada de significados na letra de “Powerslave”. Dessa vez, o frontman deixou seu humor tipicamente britânico falar mais alto.

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“Havia uma mensagem irônica também na letra. Quando você tem amplificadores fornecendo energia para um grande sistema de PA, você tem aqueles que estão apenas gerando energia e nada mais, e eles são chamados de amplificadores escravos, porque eles são apenas escravos do grande amplificador. Eles eram, literalmente, escravos (‘slaves’) da energia (em inglês, ‘power’ pode significar ‘poder’ ou ‘energia elétrica’).”

Iron Maiden e Powerslave

O álbum “Powerslave” marcou a primeira vez que a banda repetiu a formação entre um disco e outro. É, até hoje, o último trabalho do grupo a contar com uma faixa instrumental: “Losfer Words (Big ‘Orra)”. A capa, desenhada por Derek Riggs, conta com referências à música que dá título à obra, além de alguns easter eggs.

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Mais de quatro milhões de cópias foram vendidas à época do lançamento. Discos de ouro foram arrematados no Reino Unido e Alemanha, além de platina nos Estados Unidos e platina dupla no Canadá.

A turnê promocional, intitulada “World Slavery Tour”, durou 11 meses e rendeu o álbum e vídeo “Live After Death” (1985). Também marcou a primeira vinda do então quinteto ao Brasil, na noite de abertura da edição inaugural do Rock in Rio.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

1 COMENTÁRIO

  1. “Powerslave” (a canção) é para mim uma das grandes provas do gênio de Sir Bruce Dickinson como compositor, embora o seu maestro principal seja o baixista Steve Harris. Sem mais!

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