A opinião de Bill Ward sobre Cozy Powell, que também tocou no Black Sabbath

Baterista original do grupo ficou aliviado por ter conversado com o colega dias antes de ele morrer

O Black Sabbath teve vários bateristas em quase meio século de atividades. Bill Ward foi o original e principal referência, tendo gravado os grandes clássicos. Nomes como Vinny Appice, Eric Singer, Bobby Rondinelli, Terry Chimes, Bev Bevan e Tommy Clufetos também escreveram essa história. Mas nenhum chegou com um background prévio tão representativo quanto Cozy Powell.

Quando assumiu as baquetas, em 1989, Poweel já havia passado por Jeff Beck Group, Michael Schenker Group, Rainbow e Whitesnake, só para ficar em alguns. Sua chegada ajudou a reerguer um pouco o combalido grupo, à época apenas com o guitarrista Tony Iommi dos membros clássicos.

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Mas o que Ward achava do colega? Em 2008, quando a morte de Cozy completou 10 anos, ele fez um post em seu site oficial. Conforme resgate do Rock and Roll Garage, disse:

“Já se passaram dez anos desde que Cozy morreu. Eu penso nele de vez em quando. Sempre fui grato por nossa última conversa por telefone ter terminado muito bem. Senti que éramos sinceros um com o outro, compartilhando respeito mútuo ao abordar nossas histórias individuais no hard rock/metal.

Ao longo dos anos, a morte às vezes chegou rapidamente para velhos amigos. Senti a dor e o dilema de não retornar um telefonema como gostaria, mas não o fiz; não ser capaz de se despedir adequadamente da vida; ficar chateado, ou desfeito, ou não resolvido desde a última conversa, e então sentir a perda desse fim.”

Por sorte, dessa vez Ward sentiu não ter sido assim.

“Com Cozy, senti que tivemos uma conversa final perfeita. Conversamos de coração. Em retrospectiva, nossa conversa parece um presente, encaixando-se perfeitamente na grande ordem das coisas. Ele morreu cerca de dez dias depois que conversamos, talvez antes, não tenho certeza.

Ok. Estudantes de bateria – ouçam este homem. Confira a banda Rainbow. Ouça ‘Stargazer’. Aconchegante. É um mestre. Ouça o início da música – é Cozy Powell tocando. Descubra este gigante da bateria do rock. Ele vive para sempre nos discos e em nossos corações. Obrigado, Cozy – bom trabalho.”

Curiosamente, apesar de ter sido o espancador de peles e pratos dos primórdios, Bill Ward chegou a tocar uma música de Cozy com o Black Sabbath. Durante a turnê sul-americana de 1994, que passou pelo Brasil na primeira edição do Monsters of Rock local, “Headless Cross” foi incluída no setlist. A formação contava com o vocalista Tony Martin e os instrumentistas originais.

Sobre Cozy Powell

Nascido em Cirencester, Inglaterra, Colin Trevor Flooks teve como primeiro grande momento nos holofotes quando entrou na banda de Jeff Beck, em 1970. Gravou dois álbuns de estúdio com o grupo.

A seguir, deu início a uma carreira solo bem-sucedida no Reino Unido. A repercussão o levou a montar o Cozy Powell’s Hammer. Tocou em duas bandas dissidentes do Deep Purple, o Rainbow na segunda metade da década de 1970 e o Whitesnake logo a seguir.

Também gravou e excursionou com Black Sabbath, Michael Schenker Group, Robert Plant, Brian May, Yngwie Malmsteen, ELP, Cinderella e Warlock, entre uma infinidade de outros. Morreu no dia 5 de abril de 1998, em um acidente de carro.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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