Roger Waters admitiu anteriormente que, se pudesse voltar no tempo, não diria nada para a versão mais nova de si. Contudo, parece que o ex-integrante do Pink Floyd mudou de ideia, visto que retomou o assunto recentemente sob uma outra perspectiva.
Como forma de divulgar a regravação “The Dark Side of the Moon Redux”, lançada em outubro, o músico tem respondido dúvidas de fãs nas redes sociais durante os últimos meses. Quando perguntado, mais uma vez, sobre o conselho que daria para o seu “eu” mais jovem, ele decidiu elaborar uma resposta diferente (via American Songwriter).
Primeiro, o músico brincou sobre qual de suas antigas personalidades abordaria, pois os humanos são multi-facetados. Depois, em meio a uma reflexão política, disse que estimularia sua versão mais jovem a justamente ser quem é hoje e a lutar pelos ideais que acredita.
“Eu apenas me encorajaria a fazer exatamente o que estou fazendo, que é me manter firme, reagindo às autoridades. Estou aqui para resistir a todos vocês babacas que não acreditam no amor e na cooperação, que acreditam na guerra perpétua e que não dão a mínima para nenhum de seus irmãos e irmãs em todo o mundo.”
Por fim, acrescentou:
“Vamos enfrentar esse tipo de pessoa. Encorajo todos os meus irmãos e irmãs ao redor do mundo a resistir a esse plano econômico global que está destruindo o planeta”.
Roger Waters e os conselhos para o seu “eu” mais jovem
Em setembro último, o admirador Mike Carroll quis saber qual conselho Roger Waters daria para o seu “eu” mais jovem caso pudesse voltar ao início dos anos 1970 – quando beirava os 30 anos de idade. Em resposta transcrita pelo site, o músico não precisou pensar muito: não diria nada para a versão mais nova de si. E explicou o motivo.
“Eu não teria a pretensão de interferir na vida do meu ‘eu’ mais jovem. E se eu fizesse isso, ele não me ouviria. Ele era áspero e babaca, pelo que me lembro. ‘Quem diabos é você? Vá se f#der’, ele provavelmente teria me dito. E então teríamos rido e eu provavelmente o levaria a um pub e poderíamos conversar sobre as coisas. Mas eu não teria a pretensão de tentar alterar o curso de sua vida porque não me lembro muito bem dele, mas suspeito que ele era muito durão.”
Conversando com o jornal Big Issue em 2015, o artista relembrou sua adolescência e seguiu uma linha de raciocínio parecida. Na ocasião, também disse que não daria qualquer conselho para o seu “eu” de antigamente.
“Acho que não sou muito parecido com o Roger de 16 anos de idade. Embora eu goste de pensar que há uma profunda convicção em meu trabalho que ele reconheceria como vinda dele […]. Esse adolescente teria lutado pelo que acreditava até o último suspiro. E ele ainda está vivo e bem dentro desse velho corpo. Daria conselhos para ele sobre o futuro? Não, f#da-se, ele pode descobrir sozinho.”
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