Phil Collins era grande fã do Yes e foi até roadie de Bill Bruford

Guitarrista do Genesis, Steve Hackett compartilha algumas curiosidades de seu período na banda

Phil Collins e Genesis influenciaram milhares de novos musicistas ao longo de meio século de carreira. E por trás da construção dessas lendas estão as referências de outras bandas e artistas como o Yes. 

Em entrevista ao Rock History Music (com transcrição do Ultimate Guitar), Steve Hackett refletiu sobre suas referências sonoras nos tempos de Genesis. Durante a década de 1970, o grupo enfrentou uma rotina intensa de turnês e gravações de álbuns.

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De acordo com o guitarrista isso limitou o acesso a novos sons. 

“Eu não estava evitando influências, não. Eu estava ciente das coisas na década de 1960, em oposição à década de 1970, quando de repente fiquei tão ocupado que meus pés não tocavam o chão, era uma época diferente.

Quando você está trabalhando com uma banda ensaiando ou fazendo turnê, ou fazendo álbuns, certamente, seu foco nas coisas acaba sendo – alguém na banda dizendo: ‘Você já ouviu isso e aquilo?’, ‘Sim, acho que devemos ouvir isso’. E você está quase em uma espécie de cápsula de terapia de escuta em grupo. E é uma ênfase diferente quando você está trabalhando tão duro. Se há algo que uma banda está fazendo e um dos caras está ciente, e ele quer impressionar o grupo, ele traz isso e nós verificamos.”

Phil Collins roadie de Bill Bruford

O músico da formação clássica do grupo ainda revelou que o Yes foi uma grande influência para Phil Collins, que chegou a auxiliar o baterista Bill Bruford para ter acesso a shows. Após deixar o Yes, Bruford assumiria brevemente a bateria do Genesis, quando Collins passou a priorizar os vocais.

“Phil Collins era um grande fã do Yes. O Yes do início foi a influência para ele. E talvez muitas pessoas não estejam realmente cientes disso, mas ele costumava ser praticamente um roadie de Bill [Bruford, o baterista do Yes e depois do King Crimson], ajudando com sua bateria para entrar no show. Esse era o nível de um fandom que existia naquela época, mas os tempos mudam, é claro.”

A saída de Steve Hackett do Genesis

Após seis anos como guitarrista principal do Genesis, Steve Hackett deixou o grupo em 1977. Em entrevista para a biografia “Genesis 1975 – 2021: The Phil Collins Years” (2021) — via Rolling Stone —, o músico comentou os motivos por trás de sua saída. O autoritarismo do tecladista Tony Banks foi um fator destacado. 

“Tony falou que eu não poderia fazer mais álbuns solo e continuar um integrante do Genesis. Tony estava assumindo a liderança naquele ponto e Mike [Rutherford, baixista] estava o apoiando, então não havia garantia de uma proporção das composições seria dividida igualmente. Tony disse: ‘Se você não gosta, sabe o que pode fazer’. […] Os integrantes de um grupo não deveriam competir uns com os outros, você deveria tentar trazer o melhor de todos.”

Na época, Hackett se dedicava ao Genesis e à sua carreira solo simultaneamente, fator que o motivou a deixar o grupo para conquistar autonomia. Por fim, o músico ironizou o posicionamento de Peter Gabriel perante a liderança de Phillips. 

“Tinha conseguido um álbum de sucesso sozinho, então precisava ser respeitado como compositor, e não estava recebendo isso de Mike e Tony. A intenção deles sempre foi comandar a banda. Peter [Gabriel], quem foi uma parte extremamente importante da banda, sempre quis uma democracia, assim como Anthony Phillips.”

Sobre Steve Hackett

Nascido em Londres, Stephen Richard Hackett cresceu influenciado pela música clássica, até descobrir o blues e o rock. Começou a carreira tocando em bandas locais, junto de seu irmão, John. Lançou o álbum “The Road” com o Quiet World, em 1970.

Integrou o Genesis entre 1971 e 1977, gravando seis discos de estúdio, três ao vivos e um EP. Até hoje faz turnês celebrando sua época com a banda. Enquanto ainda estava no grupo, deu início a uma carreira solo que segue até hoje.

Na metade dos anos 1980 se juntou ao guitarrista Steve Howe (Yes, Asia) no GTR. Apenas um disco foi lançado antes da dissolução. Entre várias participações em trabalhos alheios, se destaca para o público brasileiro a aparição na faixa-título do álbum “Voo De Coração” (1983), do cantor Ritchie – o mesmo LP que continha o hit “Menina Veneno”.

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Tairine Martins
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Tairine Martins é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Administra o canal do YouTube Rock N' Roll TV desde abril de 2021. Instagram: @tairine.m

2 COMENTÁRIOS

  1. Há um erro na reportagem. O Guitarrista Antony Phillips saiu da banda no começo e foi substituído por Steve Hackett. O autoritário e centralizador nesse caso, parece ser o tecladista Tony Banks.

  2. Airton, acho que vc não entendeu alguma coisa: a repórter não disse que o Anthony Phillips era autoritário como o Tony Banks. Pelo contrário, ela até o comparou com o Peter Gabriel que destacou como uma peça importante e democrática na banda assim como o Anthony que foi inclusive o fundador do Genesis e saiu fora porque tinha fobia de público e não conseguia se apresentar ao vivo.

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