Por que Pete Townshend não gosta de “Pinball Wizard”, do The Who

Presente no álbum “Tommy”, música é uma das mais conhecidas de toda a carreira dos britânicos

“Pinball Wizard” é um dos maiores clássicos de toda a carreira do The Who. Presente no álbum “Tommy” (1969), a música foi lançada como single e chegou ao 4º lugar na parada britânica, além de 19ª nos Estados Unidos – onde faturaria a premiação de disco de ouro pelo compacto, que trazia “Dogs Part Two” no lado B.

Ainda assim, seu criador não guarda os melhores sentimentos. Nas notas de rodapé do relançamento do trabalho em 2003, resgatadas pelo Far Out Magazine, o guitarrista Pete Townshend confessou que as circunstâncias das sessões foram decisivas para a entrada da canção no tracklist.

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Ele contou:

“Pensei: ‘Oh, meu Deus, isso é horrível, o trabalho mais desajeitado que já escrevi. Meu Deus, estou envergonhado’. Soava como uma música do Music Hall. Todos os versos tinham o mesmo comprimento, nenhum tipo de variação. Achei que seria um fracasso total. Ainda assim, continuei a criando.”

Pete Townshend e “Pinball Wizard”

A seguir, Townshend contou como desenvolveu o que se tornaria o resultado presente no álbum.

“Tentei o mesmo começo de guitarra barroca simulada que está em ‘I’m a Boy’. Depois um tipo vigoroso de guitarra flamenca. Estava apenas me agarrando em ideias. Fiz uma demo e levei para o estúdio.”

O resultado foi muito melhor do que o próprio poderia prever.

“Todos adoraram. Damon Lyon-Shaw [o engenheiro de som em ‘Tommy’] disse: ‘Pete, isso é um sucesso’. Todo mundo estava muito animado, e de repente pensei: ‘Será que criei um sucesso?’ Foi só porque a única pessoa que conhecíamos e poderia nos dar uma boa crítica, o jornalista Nik Cohn, era um fanático por pinball.”

The Who e “Tommy”

Quarto álbum completo do The Who, “Tommy” narra uma história desenvolvida pelo guitarrista Pete Townshend, sobre um garoto cujos traumas o deixam cego, surdo e demente. Mesmo assim, através de suas habilidades extrassensoriais, ele arrebanha uma legião de seguidores.

A inspiração para a criação foi a obra e ensinamentos do líder espiritual indiano Meher Baba, pregando valores de compaixão e introspectividade. Três músicas foram lançadas como singles: “Pinball Wizard”, “I’m Free” e “See Me, Feel Me”.

Entre várias adaptações, virou musical, filme e ópera convencional, com livres interpretações de sua história – que nunca teve um fio condutor definido, de qualquer modo, já que a narrativa das letras é solta. O disco vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo, se tornando uma referência histórica no formato ópera-rock.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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