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Lucifer já teve problema por usar esse nome de banda? Johanna Sadonis responde

Frontwoman diz que, independente das reações, não está disposta a mudar o nome do grupo — apesar de já ter refletido sobre o assunto

Vocalista do Lucifer, Johanna Sadonis cresceu influenciada por bandas do cenário death, black e doom metal, sobretudo pelo simbolismo utilizado por tais grupos. Não só isso, mas a maneira que artistas do rock dos anos 1970 – como os Rolling Stones – brincaram com o oculto também inspiraram a artista alemã.

Por isso, não é de se estranhar que sua banda formada em 2014 tenha recebido o nome anteriormente mencionado. De acordo com a própria cantora, as músicas do grupo fazem parte de um “rock mágico” e são carregadas de espiritualidade. No entanto, devido à conotação do nome, muitos nem se permitem ouvir as canções. 

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Conversando com o canal The Metal Voice (via BraveWords), a frontwoman confessou que o Lucifer já passou por problemas com certos grupos religiosos. A maior parte dos comentários negativos vem dos Estados Unidos, já que, em suas palavras, países como a Alemanha e Suécia não enxergam o título da mesma maneira pejorativa. 

Ela disse:

“É engraçado que é esse um problema muito dos Estados Unidos e da América do Norte. Na Suécia, tudo é muito progressista quando se trata do papel que a igreja desempenha em relação ao governo e ninguém faz cara feia para esse nome na Alemanha ou na Suécia. Não está associado a uma coisa ruim tanto quanto nos EUA. Às vezes vejo comentários online e algum americano sempre diz que a banda teria muito mais sucesso nos Estados Unidos se o nome não fosse Lucifer.”

Diante de situações do gênero, Johanna já até refletiu sobre o assunto. Contudo, não pretende tomar qualquer atitude quanto a isso. 

“Às vezes, alguém posta uma música da banda e então você tem o pessoal da igreja que diz: ‘oh meu Deus, eu não posso com algo que tem esse nome’. Então eles nem chegam a ouvir a música por causa do nome. Já pensei sobre o assunto, mas estou disposta a ceder e mudar esse nome por causa disso? Não, vou continuar.”

Quem mais reclama

Anteriormente, durante entrevista ao site Metal Kaoz, Johanna Sadonis apresentou o mesmo ponto de vista. Na ocasião, também destacou que os americanos em geral ficam mais incomodados com o nome Lúcifer do que outros públicos. 

“Há muitas perspectivas diferentes sobre a figura do Lúcifer […]. Alguns cristãos apoiadores do Trump nos Estados Unidos se comportam quase como extremistas e sempre que ouvem o nome Lúcifer ficam nervosos porque acham que o nome representa tudo de ruim. Eu só sinto que essa figura é diversa e gosto de como está sendo tratada no rock, como um símbolo de liberdade.”

Lucifer atualmente

O Lucifer confirmou o lançamento do seu quinto álbum de estúdio para o dia 26 de janeiro, via Nuclear Blast. Seguindo a cronologia de títulos, “Lucifer V” conta com 9 faixas.

No mês seguinte à chegada do álbum ao mercado, a banda sairá em turnê pela Europa com o Angel Witch, lendário grupo da NWOBHM. Antes, no ano passado, realizou uma excursão pela América do Norte com outro nome cult da história, o Coven. O giro é apropriadamente denominado “The Satanic Panic Tour”.

Sobre a banda

Fundado em 2014 na cidade alemã de Berlim, o Lucifer é comandado pela vocalista Johanna Sadonis. A formação atual conta com quatro instrumentistas suecos: o baterista – e marido da cantora – Nicke Andersson (The Hellacopters, Entombed), o baixista Harald Göthblad e os guitarristas Martin Nordin e Linus Björklund.

Em 2022, o grupo veio pela primeira vez ao Brasil, se apresentando duas vezes na cidade de São Paulo. Os shows aconteceram nos dias 3 e 6 de dezembro, o primeiro no Fabrique Club – cuja cobertura pode ser conferida clicando aqui – e o segundo no La Iglesia Borratxeria.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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