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Como Paul Stanley reagiu às críticas por avatares do Kiss

Vocalista e guitarrista entende que alguns fãs tiveram uma percepção errada sobre a proposta do projeto

No dia 2 de dezembro de 2023, durante o seu último show, o Kiss anunciou que a história da marca será prosseguida através de avatares. As representações virtuais de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) assumirão a linha de frente em espetáculos que ainda serão devidamente explicados.

O projeto foi criado pela Industrial Light & Magic (ILM). O financiamento e a produção estão a cargo da Pophouse Entertainment — a empresa sueca por trás do show “Abba Voyage” em Londres, com representações virtuais do grupo pop.

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Para a criação de suas versões digitais, os músicos ensaiaram com trajes de captura de movimento. A proposta é retratá-los como super-heróis, mas registrando seus trejeitos ao máximo.

Mas como a banda estaria lidando com as críticas em relação à proposta? Em entrevista ao Ultimate Classic Rock, Stanley decidiu ponderar sobre o assunto.

“Uma coisa interessante é que as pessoas, eu acho que talvez até de forma compreensível, inicialmente tiveram uma impressão errada dos avatares. Nos shows do Garden, queríamos dar um vislumbre de algumas das coisas que estão por vir. Mas os avatares estão realmente na infância em termos de aparência e propósito. Em última análise, não é que estejamos sendo substituídos por avatares voadores. É apenas outra maneira de diversificar o que o Kiss já é.”

Para sacramentar sua posição, o Starchild lembra que a banda já polarizou o público em outros momentos no passado.

“Honestamente, muitas vezes nos últimos 50 anos as pessoas coçaram a cabeça sobre quais eram os nossos planos. E nove em cada dez vezes esses planos tiveram sucesso e outros os seguiram. Então, isso não é nada realmente novo. Estamos em uma posição privilegiada e única de ser uma banda que pode fazer coisas que outras não conseguiriam. Não explorar e tirar vantagem disso seria ridículo, e também, realmente, neste ponto, mistificador. Trabalhamos duro para criar quatro ícones e uma banda que é icônica de tantas maneiras diferentes. Se não diversificássemos e maximizássemos o que criamos, seríamos loucos.”

Avatares apenas em 2027

O primeiro show da versão avatar do Kiss deve demorar um pouco para rolar. De acordo com um vídeo publicado pela banda nas redes sociais, a apresentação inaugural acontecerá em 2027.

Na descrição da filmagem, o grupo afirmou brevemente: “50 anos é muito tempo, e o que o futuro reserva está sendo feito”.

Outros projetos do Kiss

A “New Era” do Kiss contempla outras iniciativas um pouco mais convencionais — e, em maioria, já conhecidas do público. A banda dará sequência a seu museu em Las Vegas, inaugurado em 2022, bem como ao cruzeiro Kiss Kruise.

A cinebiografia “Shout it Out Loud” segue em produção e a ideia é lançá-la em 2024. A história do grupo será contada em seus primeiros anos, até o estouro com o álbum “Alive!”, em 1975.

A obra é uma parceria com a Netflix, que se encarregará da promoção e distribuição. O norueguês Joachim Rønning (“Malévola: Dona do Mal”, “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, “A Aventura de Kon-Tiki”) é o diretor. O roteiro é assinado por Ole Sanders.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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