Green Day: por que Billie Joe Armstrong teme pelo futuro dos EUA

Vocalista e guitarrista acredita que necessidades do povo americano estão em segundo plano e que certos discursos representam ameaças reais para o país

A próxima eleição presidencial dos Estados Unidos acontece em novembro deste ano. Já na última segunda-feira (15), as eleições primárias — disputadas dentro dos próprios partidos, com os vencedores concorrendo à presidência — tiveram início. Diante desse cenário de decisões, Billie Joe Armstrong está aflito. 

Conversando com a Vulture, o vocalista e guitarrista do Green Day disse temer pelo futuro dos EUA. Na opinião do músico, as necessidades do povo americano estão em segundo plano, enquanto a exaltação das figuras políticas virou uma prioridade.

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Em provável menção indireta ao ex-presidente Donald Trump, ele afirmou:  

“Estamos à beira de um governo autocrático ou de uma pessoa que diz descaradamente ‘se eu for presidente de novo, vou ser um ditador’. Como é aquela frase de Maya Angelou? ‘Quando as pessoas lhe disserem quem são, acredite’ [nota: ‘quando alguém te mostrar quem é, acredite na primeira vez’]. Esse exagero realmente pode virar realidade. É baseado em um culto à personalidade. Os Estados Unidos não devem ser sobre o culto a uma personalidade. Devemos ser sobre um grupo de pessoas que estão criando leis que tornariam a vida do povo americano mais fácil e acessível, fornecendo bons empregos, bons cuidados de saúde, protegendo as pessoas das empresas que se aproveitam delas. Sinto que estamos completamente perdidos nisso, o verdadeiro ideal americano.”

Ainda segundo Billie, a polarização e divisão causadas pela política também viraram um ponto de alerta. Não só isso, como a ansiedade advinda de todos os problemas sociais mostrados na internet – o que foi tema do single “The American Dream is Killing Me”.

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“Nossa política está tão dividida e polarizada agora. Tivemos uma insurreição. Temos pessoas sem casa morando na rua. Temos tantos problemas e isso aparece para você por meio do seu algoritmo em um ritmo muito acelerado. Isso só te estressa, a ansiedade de ser americano e como isso se torna tão avassalador.”

Passado e presente

Para o músico, criticar George W. Bush, presidente dos Estados Unidos entre 2001 e 2009, no álbum “American Idiot” (2004) acabou sendo mais fácil do que abordar o cenário político atual no novo disco “Saviors”, que sairá nesta sexta-feira (19). Isso porque, naquela época, as redes sociais não tinham a mesma força. 

“Acho que foi mais fácil satirizar George Bush porque não tínhamos redes sociais. Foi antes de todas as tecnologias aparecerem. Agora existem esses bilionários que preferem atirar um foguete para o espaço do que lidar com a infraestrutura que temos aqui.”

Green Day e “Saviors”

As gravações de “Saviors” foram realizadas em Londres e Los Angeles. A produção ficou a cargo de Rob Cavallo, que assinou a função em “Dookie” (1994) e “American Idiot” (2004). Até por isso, os fãs estão ansiosos por uma sonoridade que remeta aos dois discos mais populares do grupo.

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Billie Joe Armstrong não desencoraja os fiéis. À rádio 102.1 The Edge, o músico declarou:

“Esse álbum representa o melhor de tudo que o Green Day tem. São 30 anos de experiência. Seja algo de ‘Dookie’ ou ‘American Idiot’, acho que de alguma forma fomos capazes de preencher a lacuna ao fazer algo que é como um disco essencial para nós.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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