Discussão sobre fim do Sepultura durou dois anos e teve conhecimento de Patrícia, revela Andreas

Guitarrista contou que sua esposa esteve a par da decisão antes de falecer, em julho de 2022 aos 52 anos

Durante a coletiva de anúncio da turnê “Celebrating Life Through Death”, realizada na última sexta-feira (8) em São Paulo, Andreas Kisser pontuou que a decisão de fazer uma turnê de despedida do Sepultura já vinha sendo trabalhada internamente há dois anos. A ponto de sua esposa, falecida em julho de 2022, ter tomado conhecimento da ideia.

Em resposta a pergunta feita pelo site IgorMiranda.com.br, o músico reconheceu que a experiência ajudou a tomar o fôlego necessário para colocar um ponto final. E destacou a importância da amada não apenas em sua vida, mas na de todos que se envolveram com o grupo.

- Advertisement -

“Obviamente, a minha experiência pessoal teve muito a ver com isso — de finitude, de ressignificação das coisas, de portas novas abertas, mudanças. Achei que deu uma nova vida a tudo que estou passando, com a gente, com a banda. A Patrícia era muito conectada com todos nós; não só a banda, como a equipe. Ela era realmente uma pessoa que agregava, fez muito parte dessa história. Então, me parece que fez todo sentido eu começar essa conversa com todo mundo. E a gente formatou isso, tanto é que estamos aqui hoje fazendo esse anúncio.”

Patrícia Perissinotto Kisser morreu aos 52 anos, em decorrência de um câncer de cólon. Junto de Andreas, ela teve 3 filhos: Yohan, Giulia e Enzo. Nos últimos tempos, a família tem se dedicado a projetos envolvendo cuidados paliativos em pacientes terminais, além da causa da eutanásia, presente até mesmo no comunicado oficial do fim da banda.

O saldo final, de acordo com o guitarrista, é o mais positivo possível.

“Estamos felizes e muito agradecidos com tudo que aconteceu na nossa história, fizemos grandes álbuns e shows, cultivamos amizades, conhecemos nossos ídolos, ajudamos a colocar o metal brasileiro no mapa mundial e, agora, deixamos a cena com o sentimento de dever cumprido.”

Leia também:  A curiosa homenagem ao Kiss feita pelo Ghost em novo álbum ao vivo

Morte como estágio natural da vida

No anúncio da segunda edição do Patfest, realizado em outubro último, Kisser declarou:

“Precisamos falar da morte de uma forma mais leve e não ver como uma punição, mas como um estágio natural da vida. A partir disso, a gente consegue se abrir para ter uma vivência muito mais intensa e significativa. Um dos objetivos do festival é levantar essa discussão para toda a sociedade, ela não deve ficar somente entre profissionais da saúde.”

A despedida do Sepultura

Eis as primeiras datas nacionais da “Celebrating Life Through Death”:

  • 1º de março de 2024 – Belo Horizonte (Arena Hall)
  • 2 de março de 2024 – Juiz de Fora (Estac. do Cultural)
  • 9 de março de 2024 – Brasília (Arena Lounge)
  • 15 de março de 2024 – Uberlândia (Castelli)
  • 21 de março de 2024 – Porto Alegre (Araújo Vianna)
  • 22 de março de 2024 – Curitiba (Live)
  • 23 de março de 2024 – Florianópolis (Arena Opus)
  • 06 de setembro de 2024 – São Paulo (Espaço Unimed)

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioNotíciasDiscussão sobre fim do Sepultura durou dois anos e teve conhecimento de...
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades