Apesar de não ter alcançado o status de grande, o Dinosaur Jr é uma das bandas mais cultuadas da geração que difundiu o rock alternativo nos Estados Unidos. O grupo liderado pelo vocalista, guitarrista e eventual tecladista J Mascis segue na ativa com uma pequena, porém fiel base de fãs, que com o tempo se espalhou pelo restante do planeta.
O frontman também tem suas influências. Em entrevista ao Music Radar, ele revelou os 10 álbuns que mudaram sua vida. Confira abaixo as as escolhas.
Os 10 discos que mudaram a vida de J Mascis
Deep Purple – Machine Head (1972)
“Quando eu era criança, me ligava mais em canções avulsas do que em um álbum. Cronologicamente, o primeiro que me chamou atenção foi ‘Machine Head’, do Deep Purple. Meu irmão e eu riscamos o LP de tanto que ouvimos.”
Black Sabbath – Sabotage (1975)
“Quando o escutei pela primeira vez com fones de ouvido, aquilo realmente me afetou. Muitas pessoas não gostam tanto por conta do uso de sintetizadores, mas para mim funciona. Entrevistei Ozzy uma vez e ele contou que não gostava por conta do clima ruim no estúdio e com os empresários, o que entendo perfeitamente.”
Rolling Stones – Exile On Main Street (1972)
“Gosto dele por completo, até hoje escuto e descubro coisas novas. Alguns discos você ouve uma vez e já decora, esse é diferente, até por ser mais longo. Também é um tanto quanto obscuro musicalmente.”
Ronnie Wood – I’ve Got My Own Album To Do (1974)
“Tinha 12 anos quando comprei. Para mim, é quase como outro álbum dos Rolling Stones. Keith Richards e Mick Jagger participam, Rod Stewart também. Eles estavam em uma fase reggae na época. Eric Clapton também, com ‘I Shot the Sheriff’, mas não acho que tenha funcionado tão bem para ele.”
Buzzcocks – Singles Going Steady (1979)
“É uma compilação de singles, mas funciona muito bem. Era punk e pop ao mesmo tempo, com uma ótima produção. A qualidade das músicas é impressionante. Eles foram gigantes na Inglaterra, mas nos Estados Unidos eram pouco conhecidos.”
Eater – The Album (1977)
“Comprei em uma loja que o dono era obcecado por sons do Reino Unido. Toda hora aparecia com uma novidade. Era uma banda punk bem jovem, o baterista tinha 14 anos, que era minha idade quando escutei.”
The Faith/Void – Split (1982)
“Saiu pela Discord Records em uma fase da vida onde eu só escutava punk e hardcore. Já conhecia o Void. Quando saiu, tinha tudo a ver com o que pensava. As letras me atingiram com força.”
The Birthday Party – Junkyard (1982)
“Marcou a transição de quando quis escutar algo além de hardcore. O The Birthday Party preencheu um vácuo.”
The Wipers – Over The Edge (1983)
“Este e o primeiro álbum dos Stooges foram os dois que estudei quando decidi tocar guitarra. Junto com Keith Richards e Mick Taylor, foram as influências para que eu passasse a criar minhas próprias músicas.”
The Stooges – The Stooges (1969)
“Para mim, ainda é o disco que tem o melhor som de guitarra de todos os tempos. ‘Funhouse’ também é incrível, mas gosto ainda mais desse aqui.”
Sobre o Dinosaur Jr
Fundado em 1984, o Dinosaur Jr permaneceu na ativa até 1997, retornando em 2005. A sonoridade do conjunto se caracteriza pela mistura de elementos do rock das décadas de 1960 e 70 com noise, hard rock e psicodelia.
A formação original ainda conta com o baterista Murph e o baixista Lou Barlow. O trio está junto desde a volta, na primeira década do século atual, embora J Mascis seja o único que nunca saiu.
A discografia conta com 12 álbuns de estúdio. “Sweep it Into Space”, o mais recente, saiu em 2021. O trabalho teve como melhor desempenho o 9º lugar na parada alemã. Foi a primeira vez que um disco da banda chegou ao top 10 de um país desde “Without a Sound”, 7º na Suécia em 1994.
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