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Como é fazer parte do AC/DC, segundo Chris Slade

Baterista revelou que não esperava o enorme sucesso de “The Razors Edge”, seu único álbum de estúdio com a banda

A nova edição da revista Rock Candy traz uma matéria de capa sobre o retorno do AC/DC à grande popularidade através do álbum “The Razors Edge” (1990). Após uma série de trabalhos medianos, o 11º lançamento de estúdio (na discografia internacional, 12º na australiana), representou a retomada do sucesso, vendendo cerca de 8 milhões de cópias em todo o mundo.

O disco foi o único de inéditas a contar com a presença do baterista Chris Slade. Em entrevista à publicação, o músico falou sobre como foi trabalhar no círculo extremamente fechados dos irmãos Young, de onde quase nenhuma informação é divulgada ao mundo.

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“O que descobri foi que há muitas coisas que não são ditas no AC/DC. A maior parte do que era ‘dito’ entre Angus e Malcolm não era realmente falado. Eles não precisavam conversar.”

Mesmo em sua audição, o artista de 77 anos não recebeu qualquer evidência de que estava no grupo. As coisas simplesmente aconteceram.

“Malcolm e Angus arrumaram cadeiras, me observaram tocando o tempo todo e não disseram nada. Depois apenas me perguntaram se eu queria alguma coisa. Pedi um sanduíche de queijo e um café – e foi isso. Eu estava no AC/DC.”

Quanto ao sucesso gigantesco do álbum, Chris não romantiza ao ser questionado se imaginava tamanho êxito.

“Às vezes você consegue perceber, outras vezes não. Eu me senti muito assim quando fiz ‘Blinded By The Light’ com Manfred Mann. Mas não foi assim com ‘The Razors Edge’. Eu não tinha ideia de que ‘Thunderstruck’ seria a maior música do AC/DC de todos os tempos. Não tinha ideia de que havíamos feito um disco especial.”

“The Razors Edge” chegou ao segundo lugar na parada americana, terceiro na Austrália e quarto no Reino Unido. A produção ficou a cargo de Bruce Fairbarn, que também trabalhou com Bon Jovi, Kiss e Aerosmith.

Chris Slade e AC/DC

Chris Slade sairia na metade da década e retornaria em 2015, para a turnê do álbum “Rock or Bust”, lançado no ano anterior. Ao final do giro, foi convidado a se retirar novamente. Entre outras bandas que integrou estão o The Firm, Uriah Heep, Manfred Mann’s Earth Band e Asia. Também acompanhou David Gilmour e Tom Jones.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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