Nesta semana, chegou a público a chamada “música final” dos Beatles, “Now and Then”. Composta e cantada por John Lennon, a faixa supostamente de 1978 foi retrabalhada para o lançamento por Paul McCartney e Ringo Starr com uso de tecnologia de inteligência artificial, que “limpou” a antiga gravação.
Jeff Lynne e Giles Martin, filho do saudoso produtor George Martin, aparecem creditados na produção. Além do próprio Fab Four, outros músicos também colaboraram com os instrumentos de corda da canção, como violoncelo e violino. Curiosamente, durante a sessão em estúdio, eles não sabiam o destino final de suas colaborações.
Como Macca contou no documentário “Now And Then – The Last Beatles Song”, dirigido por Oliver Murray, foi preciso enganar todo mundo, para manter o projeto em segredo. Por isso, conforme transcrição do NME, o artista adotou certa tática:
“Tivemos que colocar a música para os músicos ouvirem, mas não podíamos mencionar que era uma faixa nova dos Beatles. Foi tudo meio em segredo. Fingimos que era apenas algo lançado por mim.”
Charlie Bisharat, um dos violinistas, revelou ao programa The One Show que os músicos adicionais gravaram as cordas há mais de um ano. Também reforçou a história contada por McCartney, afirmando:
“É absolutamente épico fazer parte disso. Não sabíamos na época de gravação o que era. Na verdade, eu tinha procurado essa música muitas vezes na internet e pensei: ‘o que aconteceu com ela? Nunca foi lançada’. Gravamos as cordas para a faixa há um ano e meio.”
Assista ao videoclipe de “Now and Then”.
Beatles e “Now and Then”
“Now and Then” foi composta e cantada por John Lennon; especula-se que em 1978, quando a banda não existia mais. Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr desenvolveram a canção na década de 1990, quando o músico já havia nos deixado.
Anos atrás, em 1995, havia rumores de que a música seria disponibilizada como um single do projeto “The Beatles Anthology” (1995) – que lançou ao público “Free as a Bird” e “Real Love”. Mais tarde, em 2007, o jornal Daily Express revelou que Paul tinha planos de soltar uma versão finalizada da canção, com uma performance de arquivo do guitarrista George Harrison, morto em 2001, além de Ringo Starr na bateria e eventuais acréscimos na letra.
A ideia foi deixada de lado no período, mas em 2021, desta vez para a The New Yorker, o eterno baixista do Fab Four confirmou o desejo de concluir a música. Ao tomar conhecimento das novas possibilidades, o músico se sentiu ainda mais encorajado a seguir em frente no trabalho.
Como esclarecido por Paul McCartney anteriormente no X/Twitter, a inteligência artificial foi usada em “Now and Then” apenas para ajustar questões técnicas. A voz de John Lennon não foi emulada; é real.
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