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Técnico de bateria conta como é trabalhar com Lars Ulrich e Metallica

Há quase uma década com a banda, Jimmy Clark garante que o trabalho não é nada estressante – exceto quando dá vontade de ir ao banheiro

O técnico de bateria Jimmy Clark já está completando uma década de serviços prestados a Lars Ulrich. Ele ocupa a vaga que pertenceu por muitos anos ao saudoso Flemming Kenneth Larsen, que chegou até a tocar com o Metallica no Download Festival 2004 – dividindo função com Dave Lombardo e Joey Jordison –, quando o patrão ficou adoentado.

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Em entrevista ao The ProgRockDigital, transcrita pelo Blabbermouth, o atual responsável por coordenar tudo relacionado aos elementos percussivos contou um pouco de como sua história com os gigantes do heavy teve início.

“Bem, estou no meu décimo ano com eles. E na minha indústria, tudo se resume ao boca a boca, a quem você conheceu no caminho. Cheguei à organização do Metallica através de pessoas que já trabalhavam com eles e que conheci ao longo dos anos. Eles simplesmente me seguiram e sabiam o que eu estava fazendo, porque estive em vários grupos diferentes.”

Profissional versátil, Jimmy já atuou em várias ocupações na estrada: carpinteiro, técnico de bateria, operador de máquinas de transporte e gerente de palco.

“Tive muitas funções. Quando surgiu a oportunidade de estar no Metallica, simplesmente me procuraram e o resto é história.”

A rotina do Metallica e de Lars Ulrich na estrada

Quando questionado sobre qual seria a rotina diária na estrada, Jimmy Clark deixou claro que o trabalho é pesado, porém, sem maiores inconvenientes ou necessidades de improviso.

“O Metallica é uma máquina muito bem lubrificada e nada estressante. Acho que estamos fazendo 25 shows por ano agora. Temos um palco enorme de 40 por 40 jardas e são duas apresentações por cidade ou país, onde quer que estejamos. Depois de cerca de uma semana fazendo isso, encontrei minha base e simplesmente consegui me adaptar. A equipe da banda é provavelmente a melhor do mundo para qualquer pessoa. Todos em seus departamentos são os melhores da indústria. Isso torna tudo mais fácil. Assim, transportamos nosso equipamento e tudo mais com rapidez, eficiência e segurança.”

Além disso, quando você é um fã, tudo fica mais prazeroso.

“Eu amo a música do Metallica, nunca me canso de ouvir. Fico ansioso por cada apresentação para ter certeza de que Lars está tendo uma ótima noite e que está confortável, fazendo um grande show. Logo que fui chamado, fiquei nervoso, mas hoje não me sinto mais assim. Minha única preocupação é quando preciso ir ao banheiro antes de tudo começar, já que costuma ficar longe do palco.”

A turnê “M72”

A turnê “M72” teve início em abril, pela Europa. O Brasil deve testemunhar a grandiosidade do evento apenas no segundo semestre do ano que vem. No momento, apenas o México entre os países da América Latina já possui datas oficialmente confirmadas.

A atual excursão, que divulga o álbum “72 Seasons”, se caracteriza por contar com a realização de duas apresentações em cada cidade pela qual passa. O repertório é 100% alterado de uma noite para a outra. Da mesma forma, as atrações de abertura também são diferentes em cada data.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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