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Músicos do Twisted Sister não eram “proficientes”, diz Tom Werman

Produtor de "Stay Hungry" (1984) teve dificuldades técnicas com Jay Jay French e de relacionamento com Dee Snider

Famoso “olheiro” e produtor dos anos 70 e 80, Tom Werman trabalhou com nomes consagrados do hard rock, a exemplo de Mötley Crüe, Poison, Dokken, Cheap Trick, Ted Nugent e outros. Também foi o responsável por comandar as gravações de “Stay Hungry” (1984), álbum que alavancou a carreira do Twisted Sister.

Apesar do sucesso, as lembranças do trabalho com o grupo não são as melhores para o produtor. O próprio abordou o assunto em recente entrevista ao Songfacts (via Guitar.com).

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Para Werman, o Twisted Sister não era um grupo formado por músicos muito proficientes em seus instrumentos. O profissional de estúdio lembrou um episódio em específico a respeito do som da guitarra de Jay Jay French na faixa-título de “Stay Hungry”, que demorou para ser definido, por incompetência dos músicos.

“Nós tentamos de tudo. Tentamos guitarras diferentes, amplificadores diferentes, microfones diferentes, colocações diferentes. Foi muito difícil. Nós finalmente definimos algo e foram muitos dólares e muito tempo gasto em algo que deveria ter sido feito em poucas horas.”

Problemas com Dee Snider

Mesmo com essa situação relatada, o relacionamento com Jay Jay French era bom. O problema maior do produtor era com o vocalista Dee Snider, que anos depois, em sua autobiografia, acusou Werman de arruinar o som do disco.

O cantor também alegou ter “implorado” ao produtor para que “We’re Not Gonna Take It”, grande hit do Twisted Sister, fosse gravada. Tentativas de aproximação entre ambos ocorreram, mas Snider seguiu irredutível.

Werman falou sobre o tema em entrevista ao Vinyl Writer Music (via SleazeRoxx).

“Jay Jay era uma personalidade forte na banda. Ele é um cara legal e sempre era razoável, todos eles eram razoáveis e nos dávamos bem, e então Dee chegou. Minha teoria é que ele trabalhou por muito tempo com a banda, era a vida dele – ele trabalhou por uns sete anos – e eles finalmente tiveram um hit e era comigo. Eu tinha uma reputação na época. E ele ficou bravo por ter que dividir o crédito do sucesso comigo. Eu acho que é isso, porque ele nunca especificou outra coisa. Ele foi mais do que rude depois disso, eu mandei dois e-mails para ele pedindo para ele me receber em seu pequeno programa de rádio, então eu poderia me defender. Nunca obtive resposta, é claro.”

A impressão final de Werman com o Twisted Sister é de uma banda competente, mas com dificuldades em termos de proficiência.

“Eles eram uma boa banda, mas a maioria das outras bandas com quem trabalhei eram melhores em seus instrumentos. O Twisted Sister descobriu uma forma de se tornar poderoso mesmo assim.”

O outro lado da moeda

Se o Twisted Sister não era um primor em termos de técnica, Tom Werman tem a resposta na ponta da língua quando perguntado sobre o oposto disso: Ted Nugent. Para o produtor, as opiniões políticas do guitarrista acabaram por ofuscar sua qualidade enquanto músico, o que certamente é uma pena.

“Ele tem seu estilo próprio estilo único. Acho que ele era respeitado no início, mas quando começou a ser político, isso definitivamente ofuscou seu talento. Você diz o nome de Ted Nugent agora e as pessoas só pensam em uma coisa, que é sua postura política.”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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