Black Flag e L7 fizeram no último domingo (22), em Ribeirão Preto, seu primeiro show em conjunto da atual turnê pelo Brasil. A apresentação se deu no Hard Rock Cafe, que fica dentro da Arena Nicnet Eurobike — estádio do Botafogo-SP e palco para outros eventos de grande porte na cidade do interior paulista.
O evento foi fruto de um arranjo curioso. No último fim de semana, tanto Black Flag quanto L7 deveriam estar no Maranhão Open Air, festival em São Luís que também reuniria atrações como Primal Fear, Vinny Appice, I Am Morbid, entre outros. Porém, o festival acabou cancelado por baixa venda de ingressos. A data em Ribeirão foi confirmada para aproveitar a logística que já estava montada para as bandas no Brasil.
Mesmo já sendo anunciado relativamente de última hora, o evento ainda passou por mudanças poucos dias antes. Além de ter saído do espaço Quinta Linda para o Hard Rock Cafe, perdeu suas atrações de abertura: as bandas nacionais Black Pantera e Eskröta anunciaram que não iriam mais se apresentar. Em comentário nas redes sociais, o segundo grupo mencionado chegou a dizer que os organizadores cancelaram as aparições porque não caberiam as baterias de todos no palco do Cafe.
Alterações e confusões à parte, a estrutura do Hard Rock Cafe — que dispõe de belo visual e ar condicionado potente — acomodou de forma bem confortável o público. Como o palco era de fato pequeno, os fãs puderam ficar bem próximos dos artistas. Quem não queria ficar na “muvuca” poderia subir para o bar do estabelecimento, no segundo andar, e assistir de cima mesmo.
Houve atraso de 30 minutos para a L7, que já havia se apresentado solo em São Paulo na sexta-feira (20), iniciar sua apresentação. Como anunciado, o setlist — bem parecido com o executado na capital — ofereceria uma retrospectiva de quase toda a carreira do quarteto formado por Donita Sparks (voz e guitarra), Suzi Gardner (guitarra e voz), Jennifer Finch (baixo e voz) e Demetra Plakas (bateria e voz). O foco principal esteve em seu álbum de maior sucesso, “Bricks Are Heavy” (1992), tocado quase que na íntegra.
O Black Flag veio na sequência e cumpriu a promessa de reproduzir um de seus discos mais cultuados na íntegra: “My War”, que completa 40 anos de lançamento em março do ano que vem. Além disso, canções de outros momentos da trajetória complementaram o setlist.
É verdade que o grupo californiano de hardcore traz apenas um de seus integrantes originais: o guitarrista Greg Ginn, acompanhado do vocalista Mike Vallely (presente desde a primeira reunião em 2003) e dos “novatos” Harley Duggan (baixo) e Charles Wiley (bateria), ambos à disposição desde o ano passado. Isso, porém, não comprometeu a performance da banda, que agradou bastante assim como sua antecessora no palco.
O relato é do colaborador Douglas Santos, que também produziu fotos exclusivas do evento. Confira abaixo. Para acessar a agenda de shows do Black Flag e L7, clique no nome de cada banda.
L7
Black Flag
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