Desde os tempos mais longínquos, a indústria musical anda de mãos dadas com organizações criminosas. Agora, uma gangue sueca mostrou a mais nova evolução dessa relação simbiótica.
Segundo uma reportagem publicada pelo jornal Svenska Dagbladet (via NME), autoridades na Suécia estão investigando o uso do Spotify como ferramenta para lavagem de dinheiro por membros de gangues no país.
Toda a renda de tráfico de drogas, roubos, golpes financeiros e assassinatos por encomenda estaria sendo convertida em criptomoedas. Elas, então, seriam usadas para adquirir streams no Spotify de músicas lançadas por artistas associados aos criminosos, que depois repassavam os pagamentos da plataforma mais à frente.
De acordo com o jornal, grande parte dos artistas usados como laranjas fazem parte da cena gangsta rap local, da qual as gangues se aproveitam para fazer lavagem de dinheiro e usar como ferramenta de recrutamento. Uma fonte anônima da reportagem disse:
“Se você é uma gangue, quer atrair jovens e tem um rapper estourando, metade do trabalho já está feito pra você.”
Em declaração oficial, o Spotify se recusou a comentar a história do Svenska Dagbladet. A empresa apenas afirma não haver provas que a plataforma é usada para lavagem de dinheiro.
Spotify e fraudes
Enquanto isso, um estudo feito em 2021 pelo Centre national de la musique, na França, apontou que cerca de 3% dos streams em serviços como o Spotify são fraudulentos. O hip-hop seria o gênero dominando esses números.
Contudo, considerando o fato de ser o estilo de música mais popular do país, esses streams fraudulentos apenas são equivalentes a 0,4% do total consumido de hip hop em território francês.
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