Um dos álbuns mais populares do Pantera é “Vulgar Display of Power”, lançado em 1992. A capa do trabalho – um homem recebendo um soco na cara – se tornou desde então icônica no gênero, pois foi capaz de condensar não apenas a ideia do título (demonstração vulgar de força), mas a sonoridade do grupo em apenas uma imagem.
Em um minidocumentário feito pelo Loudwire, três dos quatro integrantes da banda — o vocalista Phil Anselmo, o baixista Rex Brown e o já falecido baterista Vinnie Paul — falaram sobre o processo de produção do disco. Acabaram abordando as inspirações da capa, fotografada por Brad Guice.
Conforme transcrição própria do site, Paul contou que Anselmo tentou oferecer inspiração na forma de uma de suas paixões: o boxe.
“A primeira coisa que ele trouxe foram essas fotos de boxeadores lutando, e a gente falou: não, isso não é o que estamos procurando. Isso não é uma demonstração vulgar de força. Estamos falando de um cara tomando um murro na rua.”
O produtor Terry Date, que também participa do vídeo, descreveu como o finado guitarrista Dimebag Darrell tentou criar um efeito de movimento usando um método bem analógico.
“Eu lembro do Dime pegando uma foto de um rosto, colocando na máquina copiadora do pai e movendo a foto enquanto copiava pra ficar borrada, que nem a capa.”
Eventualmente eles recrutaram Brad Guice, que disse ter sido fácil encontrar um modelo de cabelos compridos para servir de vítima do soco. O escolhido, Sean Cross, virou seu padrinho de casamento.
Quantos socos?
No momento mais engraçado do documentário, o repórter do Loudwire tentou confirmar com Vinnie Paul se era verdade que o modelo recebeu 10 dólares por cada soco na cara — e levou 30 murros. O baterista respondeu:
“31 murros. [Risos] 31 socos!”
Quando a mesma pergunta foi feita ao baixista Rex Brown, esse nem esperou a pergunta terminar para dizer:
“32 socos. Ele tomou muita porrada.”
Entretanto, Brad Guice jogou um balde de água fria nessa tentativa de mitologia rock’n’roll. O fotógrafo explicou que ele conseguiu a imagem apenas empurrando o rosto do modelo para trás com força, punho colado na bochecha para não haver impacto algum.
Guice ainda revelou ter tirado a foto de capa de “Vulgar Display of Power” com filme colorido. Só descobriu que tiraram as cores e dimínuiram a resolução da imagem para a arte final quando o disco saiu. Segundo o fotógrafo, ele acha até hoje a versão colorida melhor.
Confira abaixo o minidocumentário da Loudwire sobre “Vulgar Display of Power”.
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Gosto de pensar que o cara da capa é o Eddie Vedder. Me divirto!