O cineasta americano William Friedkin, vencedor do Oscar em 1972 pelo filme “Operação França” e diretor do clássico do horror “O Exorcista”, morreu nesta segunda-feira (7) em Los Angeles. Ele tinha 87 anos.
A notícia foi confirmada ao The Hollywood Reporter pela esposa do cineasta, Sherry Lansing, ex-presidente da Paramount entre 1992 e 2004. A causa não foi informada.
Friedkin fez parte da geração de diretores apelidada Nova Hollywood, junto com Francis Ford Coppola, Brian De Palma, Peter Bogdanovich, Martin Scorsese e outros, trazendo uma nova linguagem visual ao cinema americano, influenciada pela mistura de realismo e inovação visual feita na Europa.
O primeiro grande sucesso de Friedkin foi o thriller policial “Operação França”, que arrecadou US$ 75 milhões nas bilheterias e foi vencedor de cinco Oscars – Melhor Filme, Diretor, Ator (Gene Hackman), Montagem e Roteiro Adaptado.
Dois anos depois, seu filme seguinte, “O Exorcista”, se tornou um dos maiores sucessos da década. Rendeu US$ 428 milhões nos cinemas e tornou-se o primeiro longa de terror a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme.
A carreira do cineasta viveu altos e baixos comerciais após isso. “O Comboio do Medo” se tornou um fracasso ao mesmo tempo que “Guerra nas Estrelas” reescrevia a fórmula de sucesso em Hollywood.
Nos últimos 20 anos, a obra de William Friedkin tem passado por uma reavaliação, graças ao sucesso crítico dos seus últimos dois longas, “Bug” e “Killer Joe”, adaptações de peças escritas pelo dramaturgo americano Tracy Letts.
O último filme dirigido por Friedkin, “The Caine Mutiny Court-Martial”, baseado num texto de teatro escrito por Herman Wouk, está programado para estrear no Festival de Veneza 2023, que acontece em setembro.
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